Mundos de Escolaridade
Os mundos de escolaridade são de natureza idêntica ao nosso planeta. Chegam até eles, por várias razões, espíritos de várias classes para promover, entre si, o intercâmbio de conhecimentos intelectuais, morais e espirituais.
A Terra é um mundo de escolaridade em que as dezassete primeiras classes da série de trinta e três promovem a sua evolução, partindo da primeira e chegando à décima sétima, em períodos que variam muito, de espírito para espírito, mas que se elevam, sempre, a milhares e milhares de anos.
Para a ascensão de uma classe a outra imediatamente superior, não existem privilégios nem protecções. O princípio de justiça funda-se na lei da igualdade. Todos têm de enfrentar idênticas dificuldades e chegar ao triunfo pelo próprio esforço.
O mau aproveitamento de uma encarnação resulta, inabalavelmente, na necessidade de a repetir, tendo o espírito de passar pelas mesmas atribulações até conseguir dominar os vícios e as fraquezas e recuperar o tempo que perdeu.
No mundo que lhe é próprio o espírito tem conhecimento do que se passa nos mundos das classes inferiores à sua, mas ignora o que ocorre nas superiores.
Constatando, porém, as enormes vantagens da ascensão a classes mais elevadas, vive sob o incontido desejo de passar para a frente, a fim de alcançar novos conhecimentos e conquistar mais amplos atributos espirituais.
No mundo correspondente à sua classe, o espírito traça os planos para a nova encarnação que deseja, ardentemente, aproveitar ao máximo. A sua maior esperança é não perder tempo na Terra, não fracassar, não tornar inútil o sacrifício de encarnar.
Os espíritos das classes inferiores, especialmente os da primeira, encarnam sob a orientação de outros mais evoluídos. Esses espíritos são como as crianças que precisam de quem as acompanhe ao Jardim-de-infância.
Nos mundos de escolaridade, as emoções fazem parte da vida quotidiana. Essas emoções são experimentadas, indistintamente, por todos os seus habitantes. Quando o homem se torna superior às sensações da pobreza e da fortuna que completam o quadro das referidas emoções, aí sim, o sentido da vida espiritual começa nele a despertar.
À medida que evolui, o espírito vai-se tornando conhecedor das coisas do Espaço. Se na Terra tanto há que aprender, muito mais, ainda, no Universo. A este, oferece campo o Espaço. O Universo, porém, representa a evolução em marcha.
Prendem-se umas às outras — como elos de uma só corrente — estas três expressões: Espaço, Universo e Evolução. Pesquisar o Espaço, por isso, é estudar o Universo e reconhecer a Evolução.
Há um dever que a todos atinge por igual: Trabalhar para evoluir. Cada qual precisa ocupar o seu lugar e esforçar-se por dar conta das suas atribuições, certo de que tem no Espaço uma posição definida e insubstituível.
Milhões de espíritos encarnados no planeta sentem-se apreensivos por falta de uma bússola norteadora.
Se a que Jesus trouxe, há cerca de vinte séculos, não tivesse sido parcialmente dissipada pela ganância especuladora, muitos e muitos milhões de seres ainda encarnados teriam, há muito, concluído o curso na Terra, e estariam a exercer as suas actividades noutras regiões do Espaço. Tempo perdido não se recupera. É como as águas passadas que não movem moinhos. Ao Racionalismo Cristão cabe uma grande e sublime missão, ainda que bem árdua e por muitos não compreendida: restabelecer a Verdade e reimplantar os magníficos ensinamentos de Jesus na Terra.
Saudações Reikianas
NAMASTÉ