Já que o Espiritismo não admite, em hipótese alguma, a fé cega, o fanatismo, o crer por crer, o aceitar com base na influência dos outros e a prática religiosa sem racionalidade, cumpre ao espírita sério orientar as pessoas acerca dessa questão de falar com espíritos, falar com pessoas que "já morreram", participar de uma "sessão espírita", de um "trabalho mediúnico", que é coisa que muita gente tem curiosidade em saber.
Em princípio, a pessoa não deve se deixar levar por certas argumentações baseadas em "a Bíblia diz", porque determinadas pessoas, "conselheiras" religiosas, se referem muito ao "a Bíblia diz" sem analisarem profundamente o mesmo questionamento em várias outras passagens da mesma Bíblia.
Por exemplo: Dizem que Moisés proibiu a comunicação com os "mortos". Todavia ele mesmo, que já havia morrido, apareceu e comunicou-se com Jesus, Pedro e Tiago, no Tabor, para deixar bem claro que a história foi mal contada ou mal interpretada. Detalhe: Jesus concordou, porque conduziu a comunicação normalmente, com a testemunha dos apóstolos.
O Vaticano, recentemente, através de longa entrevista do Cardeal Gino Cosseti, no "Oservatore Romano", órgão oficial da Santa Sé, afirmou categoricamente que existe, que é possível e que deve ser feita a comunicação com os chamados "mortos", desde que feita com responsabilidade, com motivos úteis, com seriedade e sem brincadeira ou má intenção.
É exatamente isso que o Espiritismo ensina, há mais de 140 anos.
Apesar da seriedade com que a Doutrina Espírita apresenta a questão e recomenda aos praticantes do Espiritismo, infelizmente existe ainda muita gente em busca de notoriedade às custas dela, querendo aparecer de qualquer maneira, fazendo do Centro Espírita um verdadeiro picadeiro de circo.
Depois de ter visto isto, e por concordar com o seu conteúdo, achei por bem fazer a publicação do mesmo.