O PRIMEIRO NÍVEL (Essencial) ou Shoden (tradicional) definido como “A descoberta e o acordar do curador interior” é o curso de iniciação no mundo do Reiki. É no meu ponto de vista o curso mais importante dos três pois é aquele que mais transformação nos traz a nível da personalidade na vida privada, social e profissional de cada um. É neste período que se dá inicio a mudanças ao nível da sensibilidade e intuição que, vão aumentando o longo do tempo através da prática continuada do Reiki. Estas mutações operam-se consoante a mente (espírito) se vai purificando à medida que vai assimilando a verdadeira e fundamental essência do Reiki. A entrada neste universo permite que, aquelas máscaras formadas no pensamento das pessoas sejam removidas e as mesmas mostrem na realidade aquilo que são, na sua mais pura essência. Porque ser Reikiano é ser verdadeiro, agir com pureza, respeito e amor incondicional para com o seu semelhante.
Para dar início a esta caminhada e após o curso que pode ter uma duração de um dia ou dois, conforme planeamento por parte do formador (mestre instrutor), bem como o valor do mesmo. Na parte final da formação, os formandos (alunos) são iniciados através de um procedimento denominado de: Ritual Iniciático. Este ritual é um momento único, simbólico e muitas vezes caracterizado por uma componente vibratória, sensorial e sentimental muito intensa, pois durante o mesmo o formador (mestre) e o formando (aluno) fundem-se num só estabelecendo um encontro de energias ímpar que é mais ou menos sentido por parte do formando (aluno) consoante o seu nível de sensibilização energética. Durante este processo, o formando (aluno) pode ser elevado a níveis de consciência de tal forma elevados que podem surgir na mente lembranças de vidas passadas, visões de entes queridos que já se encontram noutros planos, vozes de entidades superiores que tentam comunicar connosco e as mais variadas sensações fazendo deste um momento único e intensamente marcante na nossa vida. Após este ritual, os formandos (alunos) passam por aquilo que defino como processo de Purificação Interior e tem uma duração de vinte e um dias ininterruptos. É neste período que grandes alterações se dão no formando (aluno), pois agora as modificações vão ser empreendidas de dentro para fora, ou seja, a nossa verdadeira essência vai ser revelada e tornamo-nos naquilo para que viemos e não no que pretendemos demonstrar ser. Neste período podem ocorrer algumas perturbações tais como uma maior actividade intestinal, visceral, náuseas, dores de cabeça, alguma agitação e stress mas que passa através da prática continuada da auto-aplicação pois estes fenómenos definem-se como crise de cura. O nosso organismo entrou também numa fase diferente pois a partir deste momento vai-se habituar à entrada e circulação de energia que até então praticamente nunca tinha sentido e como tal, terá de se habituar e por isso podem-se dar reacções da mais variada ordem. Durante este o processo o formando (aluno) vai notar no seu dia-a-dia alterações ao nível comportamental bem como na forma de estar e encarar o mundo. Sendo este tipo de alterações produzidas de dentro para fora, chegamos por vezes a ficar um pouco admirados com as nossas reacções às mais variadas situações do dia-a-dia, que por vezes nos leva a pensar, como é que eu reagi assim? Na verdade, a nossa ligação à fonte (deus) está mais vincada e permite-nos reagir intuitivamente de uma forma célere, mais justa e com um profundo sentimento de amor incondicional para com o nosso semelhante. Apesar de maravilhosos estes sublimes gestos de auxílio ao semelhante com a intenção de lhe proporcionar um melhor bem-estar, somos muitas vezes incompreendidos porque devido à actual conjuntura mundial, actos de bondade e generosidade são sempre observados com desconfiança e até mesmo repúdio por parte de terceiros. Isto por vezes deixa-me triste porque se algo me diz que posso contribuir para a felicidade e bem-estar de aquele semelhante, e ele rejeita veementemente a minha oferta que com tanto carinho e humildade eu lhe ofereci.
Após entrar neste maravilhoso universo do Reiki, o iniciado ficará também moralmente incumbido de ser mais um elemento para auxiliar na divulgação do Reiki no nosso país, na minha opinião. Desde já alerto que não é fácil pois devido ao conservadorismo que ainda predomina na maioria dos cidadãos, há uma certa relutância em aceitar as terapias oriundas do oriente observando-as com alguma resistência.
Quando por vezes me perguntam: Mestre de aqui a quanto tempo é que posso tirar o segundo nível; eu respondo da seguinte forma: caro amigo(a), não tenhas pressa de tirar o segundo nível. No Japão, país de origem do Reiki, os iniciados chegam a estar um, dois, cinco ou até mesmo dez anos até fazerem essa sintonização, ou seja, apenas são sintonizados quando o seu Mestre entender que já possuem os conhecimentos necessários para tal, cumprindo um certo número de itens por ele definidos como necessários e fundamentais para essa sintonização. Por isso e como a pressa nunca foi boa conselheira não tenham pressa em passar para o segundo nível e aguarde pelo momento certo, dado pela intuição e com uma necessidade profundamente sentida de auxílio ao seu semelhante.
Neste nível as aplicações feitas pelo iniciado a terceiros, centram-se no plano físico essencialmente.
Saudações Reikianas
NAMASTÉ