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«Reiki & Terapias Orientais»

Aqui divulgo Terapias energeticas e/ou holísticas, evolução do Ser e crescimento pessoal. Autor do livro "Partilhas de um Ser" «Mestre de Reiki e Karuna». Tratamentos, Cursos e Workshop's

Aqui divulgo Terapias energeticas e/ou holísticas, evolução do Ser e crescimento pessoal. Autor do livro "Partilhas de um Ser" «Mestre de Reiki e Karuna». Tratamentos, Cursos e Workshop's

«Reiki & Terapias Orientais»

19
Nov12

Partilha de Saberes…

Viktor

Caros leitores,

     Cada Ser tem a sua história de vida, as suas aprendizagens, as suas lições de vida, os seus momentos bons e menos bons, enfim, um sem número de coisas que fazem com que cada um de nós seja único.

     Na quadra que se avizinha (Natal), muitas pessoas dão e recebem presentes, as famílias reúnem-se em convívio e celebração. Muitas vezes antes de chegar essa quadra, as pessoas andam numa azáfama de um lado para o outro para comprar as prendas e nesse momento surge uma dúvida: “Mas o que vou oferecer ao “X”? Gostava de lhe dar algo que fosse útil, mas não sei o quê!” Sem dúvida que esta indecisão ou dúvida vai acabar por nos atrapalhar um pouco mais, mas deixe que lhe faça uma recomendação: “Ofereça um Livro”.

     Recomendo-lhe o livro: “Partilhas de um Ser”, disponível e à venda on-line para qualquer país, de forma segura. Este é um livro onde partilho o conhecimento que tenho adquirido ao longo do tempo, com todos vocês, de forma a ajudá-los também a compreender muitas coisas que no dia-a-dia se passam consigo mesmo. Para abrir o site onde o mesmo está disponível para venda clique sobre este link: http://www.bubok.pt/livros/4868/Partilhas-de-um-Ser.

Saudações Holísticas

NAMASTÊ

15
Fev12

Líder Tibetano enfrenta a linhagem Ningma e denuncia o Pseudo-Budismo

Viktor

     Vamos tentar apresentar os pontos que nos pareceram mais representativos do encontro reservado junto ao hotel onde Sua Santidade foi hospedada, em São Paulo.

     Tenha o leitor em mente que esta foi a terceira visita oficial do Dalai Lama ao Brasil. Desde 1992, ele acompanhou o gradual desenvolvimento de centros budistas, comunidades de praticantes (sanghas) e a transmissão dos ensinamentos, nestes cerca de 15 anos.

     Um outro ponto digno de nota, ocorrido nos dias anteriores à reunião secreta, foco deste artigo, foi o fato de, pela primeira vez, os budistas “leigos” terem tido acesso ao palco, junto aos membros “ordenados”. Dispostos numa certa hierarquia, lamas, mestres zen, mestres chan, entre outros, sentavam em primeiro plano, bem na frente da cadeira reservada para o Dalai Lama; depois vinham os leigos (chamados, também, de “professores do Darma”) seguidos pelos respectivos representantes oficiais das Entidades Anfitriãs, que auxiliaram durante toda a preparação e organização do evento, compondo o Comitê que tratou de todos os aspectos da visita. A identificação “exterior” era nítida, por conta das diferentes vestimentas coloridas, algumas chamativas, pois todos os centros, tibetanos, zen, chan, etc., estavam – especialmente na palestra de abertura, no Templo Zu Lai – devidamente paramentados. Ali, especialmente, Sua Santidade deparou-se com muitas roupagens distintas.

1. Sua Santidade o Dalai Lama verdadeiramente soltou um grito, dizendo (num inglês absolutamente claro, mas aqui, obviamente, já traduzido por nós): “Calem-se!!!” E riu alto, magnânimo, em meio a um silêncio ensurdecedor que se seguiu, pois o grupo jamais esperaria uma atitude como aquela, vinda de quem vinha... Foi um “cala a boca!” contundente, e o silêncio instalou-se quase por um susto, um verdadeiro “choque” repentino da audiência. O grupo engoliu o mantra em seco, ficando com um sorriso “amarelo-histriônico” estampado no rosto. Com aquela introdução, de fato, muito constrangedora, mas verdadeira, o “tom da conversa” havia sido inequivocamente apresentado. Todos estavam ali, contra-a-parede, perfilados assim como num “pelotão de fuzilamento”... E quem estava ali, fazendo uso das palavras como uma arma eficaz e certeira, era exatamente ele, o Dalai Lama.

2. Iniciando por este imponente “Calem-se!!!”, Sua Santidade fez uma breve digressão. Disse que, no templo Zu Lai, viu um desfile de muitas vestimentas: “Havia roupas tibetanas, roupas chinesas, roupas japonesas, tailandesas, entre outras. Havia até roupas normais, de ocidentais... Porém, algumas roupas que havia lá, pareceram-me ser, na verdade, de outro planeta!” (muitos  risos, risos amarelos, vermelhos, azuis, pretos...). “Penso que havia ali roupas até de ETs!” E riu muito alto, no que não conseguimos nos conter, apesar do constrangimento que sentíamos pelo que aquelas duras palavras significavam... Sua Santidade olhava nos olhos de cada um dos lamas e, quando se referiu a “roupas de ETs”, encarou uma pessoa específica. Imaginamos, imediatamente, que o Dalai Lama conheça praticamente todas as roupas monásticas existentes em cada templo do mundo inteiro e, talvez, tivesse percebido, nos trajes muito chamativos daquele indivíduo, algo ainda sem correspondência no universo de vestimentas de grupos reconhecidos fora do Brasil... A força de sua presença e coragem foi impressionante. Ninguém conseguia esboçar qualquer intervenção ou comentário. Na verdade, aquelas palavras eram mais um susto estupendo. O que viria a seguir? Muito mais do que se poderia imaginar...

3. O Dalai Lama mudou um pouco o tom irônico para um pronunciamento esmagador, uma lição absolutamente memorável: “Vocês são ocidentais e mudaram suas roupas. (referindo-se aos mantos, saias e sobremantos dos brasileiros ali presentes). Mudaram até a mobília da casa de vocês. Vocês acham que o Darma está nas roupas ou na mobília, nos adornos de suas casas? (Estão enganados)... O Darma não está nas roupas, mas no coração e na mente” ... E riu alto novamente... A “atmosfera” do ambiente ficou absurda. Os lamas, bem na frente de Sua Santidade estavam paralisados, sem face, exibindo um “sorriso amarelo-aterrorizado”, indescritível. Davam a impressão de quererem ser teletransportados dali, mas não podiam simplesmente desaparecer, fugir, correr ou recuar, pois estavam presos no cordão de fuzilamento, sob os olhos atentos de um Dalai Lama ao mesmo tempo implacável e totalmente amoroso. Isso o que mais nos impressionava. Assistíamos à capacidade extrema de apontar e cravar a espada com precisão e veemência absoluta, mas sem intenção de causar dano. Não havia ódio no gesto hábil, quase leve, ainda que parecesse pesar toneladas pela dor que causava. O golpe excruciante tentava apenas eviscerar e fazer vazar o pus abjeto, encarcerado num abcesso maduro que apodreceria tudo o que ainda pudesse restar são... A impressão que tivemos foi de um Dalai Lama gigantesco, com mil metros de altura, e os líderes todos ali, bem na sua frente, como pigmeus, tentando entrar para dentro dos próprios sapatos a fim de se esconderem apavorados. Mas, como isso também não era possível, jaziam ali indefesos, a mercê de uma autoridade e poder superiores. Imagine o leitor que Sua Santidade, em pessoa, teve de lembrá-los disso! Dizer-lhes isso com cada letra e palavra. Está escrito no Dhammapada: “O hábito não faz o monge.” (Nem o canto de mantras!) Mas, quem, então, segue verdadeiramente o Darma? Só com esta atitude e clara intervenção, para quantos questionamentos nos remeteu Sua Santidade! Não ficou por aí, sigamos adiante:

4. Sua Santidade fez um breve comentário sobre ter-se alguma consideração pela cultura tibetana, mas que, “se há alguém que deve tentar preservar a cultura tibetana, são os tibetanos!” Se alguém deve preservar a cultura chinesa, são os chineses... e assim por diante... Querendo, talvez, no fundo, perguntar: e vocês, o que fazem com estas roupas de uma cultura exótica? Quem irá preservar a cultura de vocês? Deu a entender que mudar externamente, não transformava nada de fato e que eles jamais seriam tibetanos por usar roupas tibetanas.

5. Então, Sua Santidade deu o exemplo fortíssimo, discorrendo sobre o quão é difícil transformarmos a nós mesmos: afirmou que o Buda havia levado “três eons” (eras intermináveis) para iluminar-se. Reconhecido aos quatro anos de idade, levado ao contexto monástico, ele foi conduzido por muitos mestres, ao longo de muitas práticas, mas que ele mesmo praticava com maior consciência de sua condição desde os 16 anos, quando acredita ter entendido um pouco do significado de alguns ensinamentos e havia se tornado muito clara e nítida a sua condição de chefe de estado. “Estou agora com 70 anos...”, meditando cerca de nove horas diárias, desde essa idade, “e só consegui me transformar um tanto assim...” (mostrou os dedos polegar e indicador grudados um no outro). Ou seja, mesmo Sua Santidade, com todo o seu esforço, empenho, vida dedicada, como um monge que preza seus votos e práticas, havia conseguido avançar muito pouco. Esta afirmação, por si só, demonstra a envergadura da plena consciência e humildade dessa pessoa incomum.

6. Então, Sua Santidade desfere mais um golpe certeiro: ”Vocês fazem um retiro de três anos... e alguns fazem um workshop budista de um final de semana, e já se consideram transformados, espiritualmente elevados e até iluminados! Isso é loucura!” E ria alto, disparando seu olhar sobre todos. Desta feita, foi como prensar os ossos dos muitos orgulhos e vaidades presentes. Mas não parou tão logo, parecia saber que havia ossos ainda mais resistentes para serem moídos:

7. Sem retroceder um milímetro, indo em frente, Sua Santidade calou ainda mais fundo: “Vocês fazem rituais, retiros rituais de um mês, cantando mantras para Manjurshri, por exemplo, e pensam que já transformaram todas as suas negatividades. Então, depois disso, alguns já se autodenominam gurus!” E ria-se muito mesmo, como se quisesse assoprar a ferida recém-aberta... Assim que a dor parecia ter reduzido um pouco, que o grupo havia tomado um pouco de ar, Sua Santidade batia forte de novo:

8. Vocês fariam muito melhor se, ao invés de ficar em repetindo rituais (vazios), ou permanecer por um mês cantando mantras, utilizassem esse mês estudando o Darma!” E ria assustadoramente. Na prática, suas palavras significavam diretamente: vocês não sabem nada e se arvoram de lamas, mestres, gurus iluminados e etc. Isso é uma grave loucura! Ninguém mais do que Sua Santidade tem consciência do quanto uma pseudo ou falsa liderança, ou pior, uma liderança despreparada, confusa, pode gerar em termos de negatividades. Mas não foi em tom de ameaça ou chantagem: foi lúcido, brilhante como o sol nascente fazendo desaparecer as trevas da madrugada com sua presença esclarecida. Estudar o Darma é trabalho interminável, de toda a vida, pois ele é vasto e profundo. Então, Sua Santidade escolheu atacar outro tema fundamental:

9. “Outro dia, nos EUA, uma pessoa se aproximou de mim e perguntou: ‘S. S. como eu posso me aproximar do budismo tibetano se, há algum tempo, fui com minha esposa a um centro onde um certo lama ensinava e ele foi tão sedutor que minha mulher abandonou minha família para ir viver com o lama?’ ”   E S. S. perguntou: “Vocês acham que isso é ser lama? Ser lama é para obter favores sexuais, para alcançar reconhecimento, fama? Para muitos, é apenas uma questão de ganhar dinheiro! Há empresários inescrupulosos se utilizando do Darma para, simplesmente, fazer dinheiro!”  E ria alto e mais alto...

10. Abrandando um pouco o tom, já que havia exposto a chaga a céu aberto, diante de uma audiência que parecia anestesiada de tantas observações contundentes, S.S. falou sobre o quanto é custoso mudar, transformar-se internamente. Mas, deixou claro: “Mudar externamente não significa nada. É perda de tempo.” Falou que “fingir” ser o que não se é não leva a lugar algum, pois nada é alcançado assim... A não ser os benefícios secundários de ser alvo de atenções, consideração, respeito e outros benefícios económicos que não vêm ao caso mencionar, mas são evidentes.

Sua Santidade falou também sobre a arrogância, a soberba, a superioridade, dizendo que estes eram obstáculos sérios, impeditivos do prosseguimento no caminho. Então defendeu que, para o Ocidente, a perspectiva leiga e não-religiosa talvez fosse a melhor e mais adequada para a transmissão do budismo. Repetindo suas palavras já ditas no Templo Zu Lai, ao observar a presença de leigos sentados nas almofadas no palco, que os leigos sempre foram discriminados e que isto era totalmente injusto e sem sentido.

11. Depois de outros comentários, Sua Santidade definitivamente abrandou suas palavras, falando seriamente da atual condição do seu país, o Tibete, ainda nas mãos dos chineses. Concluiu ser melhor que Tibete fique mesmo com os chineses, pois estão modernizando o país, coisa que os tibetanos não poderiam proporcionar ao povo. Observou, porém, que isso deveria ser feito com garantias de direitos aos cidadãos, com respeito às diferentes etnias, direitos iguais preservados, constituição, democracia e etc.

12. Finalmente, agradeceu a todos que trabalharam e colaboraram com tudo. Muitos aplausos, suspiros e Sua Santidade foi sentar-se, rapidamente, na cadeira de cada grupo, para as respectivas fotos.

Talvez não signifique absolutamente nada, mas, quando saímos por uma porta dos fundos, aberta por um funcionário enquanto os demais grupos tiravam fotos com o Dalai Lama, seguimos por ali, sem saber onde sairíamos e, para nossa surpresa, encontramo-nos novamente com S.S. já deixando o hotel. Ele sorriu para nós, despedimo-nos com acenos de mão e muita felicidade.

Em sua muito provável última visita ao Brasil, Sua Santidade nos fez ficar de espírito leve, solto, como se tudo estivesse em paz e em seu devido lugar.

Foi uma lição forte e inesquecível. Todos nós passaremos a respeitar profundamente os lamas e mestres que seguirem os conselhos expressos por Sua Santidade neste encontro tão histórico e memorável quanto enriquecedor.

Saudações Holísticas

NAMASTÊ

08
Mar10

Simpósio Luso Brasileiro de Reiki

Viktor

Caros leitores,

Aproveito para os informar que no dia 17 de Abril, vai decorrer o 1º Simpósio Luso Brasileiro de Reiki em Portugal. O mesmo é fruto de uma iniciativa da Associação Portuguesa de Reiki, e que vai trazer a Portugal algumas pessoas com experiência nessa área que muito gentilmente vêm partilhar connosco as suas experiências e conhecimentos, em prol do esclarecimento global da população. Gentilmente aceitei o convite que me foi endereçado pela Associação Portuguesa de Reiki para estar presente como Orador neste evento.

Assim, a agenda do Simpósio irá ser a seguinte:

09h00 – Credenciação

09h3010h00Abertura dos trabalhos e Panorama do Reiki em Portugal: organização e código de ética do Terapeuta de Reiki – João Magalhães

10h3011h15Drª Maria Lapa Esteves – Reiki e Psicologia/psicanálise

11h1511h30 – Intervalo

11h3012h00Drª Teresa Barros – a Associação Lux Vitae e o Reiki em pacientes oncológicos

12h0014h – Almoço

14h0015h00Reiki e Políticas Públicas – Profª Maura Ferreira (Samir Lakshmi) (Brasil)

15h16h15Reiki: a tradição investigada pela ciência – Ricardo Monezi (Brasil)

16h1516h30h – Intervalo

16h3018h00 –  Mesa Redonda – Reiki, uma terapeutica complementar - João Magalhães – Associação Portuguesa de Reiki; Fernando Mateus – Associação Portuguesa de Reiki, Profª Maura Ferreira (Brasil); Ricardo Monezi (Brasil);

18h00-18h30Victor  Valente – A divulgação de Reiki em penitenciárias, escolas e lares, uma política de esclarecimento e inclusão social

18h30-19h00 – Jaqueline Reyes – O essencial do Reiki nas nossas vidas e a diferença das demais práticas de terapias não convencionais

19h00-20h00 – Encerramento

Para poderem estar presentes é necessário fazerem a vossa inscrição.

Para verem o blogue do evento e demais coisas cliquem aqui.

Saudações Reikianas

NAMASTÉ

05
Set09

Florêncio

Viktor

Caros amigos e leitores,

Este vídeo que elaborei e coloquei ao dispor de todos vós tem várias mensagens contidas nele. Foi no dia 18 de Fevereiro que me desloquei à UCEO (União Centro Espírita de Olhão) para ter o privilégio de ver ao vivo. Nas suas sessões ele pinta dos quadros de olhos fechados e, como podem reparar numa das fotografias, ele está a pintar com a mão (sem pincel) e a olhar para trás. Ele incorpora vários pintores mundialmente conhecidos e pinta sempre quadros originais. Os mesmos já foram observados por críticos de pintura que, após observação cuidada dos mesmos, confirmaram que são na verdade pintados pelos nomes neles escritos (por exemplo Picasso, Vicent Van Gog, Miro, entre outros). Ao incorporar espíritos de pessoas que já não estão no mundo dos vivos, o mesmo significa que há vida para além da nossa existência na Terra. Desculpem, mas tinha de fazer esta pequena abordagem para poderem observar o vídeo da melhor forma.

 Saudações Reikianas

NAMASTÉ

06
Jul09

Vultos do Espiritismo…

Viktor

ANTÔNIO GONÇALVES DA SILVA BATUÍRA

            Nascido a 19 de Março de 1839, em Portugal, na Freguesia de Águas Santas, hoje integrada no Conselho da Maia, e desencarnado em São Paulo, no dia 22 de Janeiro de 1909.

      Depois de completar a sua instrução primária, foi para o Brasil, com apenas onze anos de idade, aportando no Rio de Janeiro, a 3 de Janeiro de 1850.

      O seu nome de origem era António Gonçalves da Silva, entretanto, devido a ser um rapaz muito activo, correndo daqui para acolá, a gente da rua o apelidara "o batuíra", o nome que se dava à narceja, ave pernalta, muito ligeira, de voo rápido, que frequentava os charcos na várzea formada, no atual Parque D. Pedro 2º, em S. Paulo, pelos transbordamentos do rio

 Tamanduateí. Desde então o cognome "Batuíra" foi incorporado ao seu nome.

      Batuíra desempenhou uma série de actividades que não cabe registar nesta concisa biografia, entretanto, podemos afirmar que defendeu calorosamente a ideia da abolição da escravatura no Brasil, quer seja abrigando escravos na sua casa e conseguindo-lhes a carta de alforria, ou fundando um jornalzinho a fim de colaborar na campanha encetada pelos grandes abolicionistas Luiz Gama, José do Patrocínio, Raul Pompéia, Paulo Ney, Antônio Bento, Rui Barbosa e tantos outros grandes paladinos das idéias liberais.

      Homem de costumes simples, alimentando-se apenas de hortaliças, legumes e frutas, plantava no quintal da sua casa tudo aquilo que necessitava para o seu sustento. Com as economias, adquiriu os então desvalorizados terrenos do Lavapés, em S. Paulo, edificando ali boa casa de residência e, ao lado dela, uma rua particular com pequenas casas que alugava a pessoas necessitadas. O tempo contribuiu para que tudo ali se valorizasse, propiciando a Batuíra apreciáveis recursos financeiros. A rua particular deveria ser mais tarde a Rua Espírita, que ainda lá está.

      Tomando conhecimento das altamente consoladoras verdades do Espiritismo, integrou-se resolutamente nessa causa, procurando pautar seus actos nos moldes dos preceitos evangélicos. Identificou-se de tal maneira com os postulados espíritas e evangélicos que, ao contrário do "moço rico" da narrativa evangélica, como que procurando dar uma demonstração eloquente da sua comunhão com os preceitos legados por Jesus Cristo, desprendeu-se de tudo quanto tinha e pôs-se a seguir as suas pegadas. Distribuiu o seu tesouro na Terra, para entrar de posse daquele outro tesouro do Céu.

      Tornou-se um dos pioneiros do Espiritismo no Brasil. Fundou o "Grupo Espírita Verdade e Luz", onde, no dia 6 de Abril de 1890, diante de enorme assembleia, dava início a uma série de explanações sobre "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

      Nessa oportunidade deixara de circular a única publicação espírita da época, intitulada "Espiritualismo Experimental" redigida desde setembro de 1886, por Santos Cruz Junior. Sentindo a lacuna deixada por essa interrupção, Batuíra adquiriu uma pequena tipografia, a que denominou

      "Tipografia Espírita", iniciando a 20 de Maio de 1890, a publicação de um quinzenário de quatro páginas com o nome "Verdade e Luz", posteriormente transformado em revista e do qual foi o director responsável até a data de sua desencarnação. A tiragem desse periódico era das mais elevadas, pois de 2 ou 3 mil exemplares, conseguiu chegar até 15 mil, quantidade fabulosa naquela época, quando nem os jornais diários ultrapassavam a casa dos 3 mil exemplares. Nessa tarefa gloriosa e ingente Batuíra despendeu sua velhice. Era de vê-lo, trôpego, de grandes óculos, debruçado nos cavaletes da pequena tipografia, catando, com os dedos trémulos, letras no fundo dos caixotes.

      Para a manutenção dessa publicação, Batuíra despendeu somas respeitáveis, já que as assinaturas somavam quantia irrisória. Por volta de 1902 foi levado a vender uma série de casas situadas na Rua Espírita e na Rua dos Lavapés, a fim de equilibrar suas finanças.

      Não era apenas esse periódico que pesava nas finanças de Batuíra. Espírito animado de grande bondade, coração aberto a todas as desventuras, dividia também com os necessitados o fruto de suas economias. Na sua casa a caridade se manifestava em tudo: jamais o socorro foi negado a alguém, jamais uma pessoa saiu dali sem ser devidamente amparada, havendo mesmo muitas afirmativas de que "um bando de aleijados vivia com ele". Quem ali chegasse, tinha cama, mesa e um cobertor.

      Uma vez um desses homens que viviam sob o seu amparo, furtou-lhe um relógio de ouro e corrente do mesmo metal. Houve uma denúncia e ameaças de prisão. A esposa de Batuíra lamentou-se, dizendo: "é o único objecto bom que lhe resta". Batuíra, porém, impediu que se tomasse qualquer medida, afirmando: "Deixai-o, quem sabe precisa mais do que eu".

      Batuíra casou-se em primeiras núpcias com D. Brandina Maria de Jesus, de quem teve um filho, Joaquim Gonçalves Batuíra, que veio a desencarnar depois de homem feito e casado. Em segundas núpcias, casou-se com D. Maria das Dores Coutinho e Silva; desse casamento teve um filho, que desencarnou repentinamente com doze anos de idade. Posteriormente adoptou uma criança retardada mental e paralítica, a qual conviveu em sua companhia desde 1888.

      Figura bastante popular em S. Paulo, Batuíra tornou-se querido de todos, tendo vários órgãos da imprensa leiga registado a sua desencarnação e apologizado a sua figura exponencial de homem caridoso e dedicado aos sofredores.

Saudações Reikianas

NAMASTÉ

11
Jan09

AMÉRICO MONTAGNINI

Viktor

PROF. AMÉRICO MONTAGNINI Nascido na cidade de São João da Boa Vista, Estado de S. Paulo, no dia 1º de maio de 1897, e desencarnado em S. Paulo, no dia 29 de novembro de 1966.

      Na história do Espiritismo paulista um lugar de destaque é reservado ao Prof. Américo Montagnini, quer seja pela sua atuação incessante, quer pelo seu grande esforço em favor do engrandecimento da causa comum que esposamos.

      Montagnini foi presidente da tradicional Associação Espírita São Pedro e São Paulo, uma instituição que prestou inestimáveis serviços ao Espiritismo, numa época quando ele era mal compreendido e olhado por muitos com reservas. Essa associação teve a sua sede na rua Barão de Paranapiacaba nº 7, na capital do Estado de S. Paulo, tendo passado por ela grandes vultos espíritas, dentre eles os Drs. Augusto Militão Pacheco e Pedro Lameira de Andrade.

      Pertencendo ao quadro directivo dessa famosa entidade espírita, o Prof. Montagnini foi um dos elementos que mais propugnaram para que tanto a Associação Espírita S. Pedro e S. Paulo como a Sociedade Metapsíquica de S. Paulo se extinguissem, fundindo-se numa nova instituição: a Federação Espírita do Estado de S. Paulo, com um programa muito mais vasto e arrojado.

      Desta forma, no dia 12 de Julho de 1936, com a fundação da Federação, Montagnini passou a lhe dar todo o concurso possível. Com a renúncia, em 10 de Dezembro de 1939, do então presidente da instituição, Dr. João Batista Pereira, Américo Montagnini assumiu a sua presidência, cargo que exerceu com raro descortino até a data da sua desencarnação.

      O trabalho do Prof. Montagnini no campo da divulgação do Espiritismo foi dos mais salientes, entretanto, ele trabalhava em silêncio, sem alardes.

      Médium de apreciáveis recursos foi companheiro do Dr. Augusto Militão Pacheco nas tarefas de esclarecimento daqueles que necessitavam tomar conhecimento dos consoladores ensinamentos dessa Doutrina. Desta forma, além de propiciar novas luzes àqueles que dela necessitavam ele procurava minorar os sofrimentos daqueles que buscavam lenitivo para o corpo alquebrantado.

      Homem dotado de notável senso de responsabilidade, comedido em suas atitudes, leal, de invejável integridade moral, o Prof. Montagnini tornou-se de direito e de fato um dos baluartes no campo da divulgação do Espiritismo no Estado de São Paulo.

Saudações Reikianas

NAMASTÉ

27
Jan08

Vultos do Espiritismo

Viktor
JOÃO LEÃO PITTA
Nascido no dia 11 de Abril de 1875, na Ilha da Madeira, Portugal e desencarnado no dia 11 de Fevereiro de 1957, no Brasil.
João Leão Pitta fez os seus primeiros estudos em sua terra natal, cursando um colégio particular e alcançando um grau de instrução equivalente ao nosso curso secundário. Terminados esses estudos deliberou ir para o continente a fim de se aperfeiçoar e escolher uma carreira. Nessa altura surgiu um imprevisto: seus pais alimentavam a idéia de fazer com que ele seguisse a carreira eclesiástica e se ordenasse padre católico. Entretanto, a sua propensão era norteada no sentido de ser admitido na marinha portuguesa. Não conseguindo estudar o que aspirava, veio para o Brasil sem o consentimento de seus pais, aportando no Rio de Janeiro com apenas 16 anos de idade e com quatrocentos réis no bolso. Não tendo conhecidos nem parentes, empregou-se numa padaria, onde, pelo menos, tinha acomodação e alimentação. Não se sentindo bem na antiga Capital Federal, deliberou transferir-se para a cidade de Piracicaba, no Estado de S. Paulo, onde se casou com D. Maria Joaquina dos Reis, de cujo consórcio teve 12 filhos. Posteriormente voltou para o Rio de Janeiro, onde se ocupou da profissão de tecelão, chegando a ser contramestre da fábrica. Um acontecimento, no entanto, mudou o rumo de sua vida. Uma de suas filhas ficou bastante doente, e ele, sem recursos para sustentar sua numerosa prole e atender à enfermidade da filha, resolveu procurar um Centro Espírita. Não estava animado do propósito de haurir os benefícios doutrinários do Espiritismo, mas sim, de obter a cura de sua filha. Foi ali que conheceu um médium receitista. Pitta tinha o hábito de discutir. Porém, o médium não admitia discussões com referência à Doutrina Espírita e deu-lhe alguns livros para que os lesse. Fez as primeiras leituras com manifesta má vontade, mas, aos poucos, foi tomando interesse e estudou as obras básicas da codificação kardequiana. Com a desencarnação de três de suas filhas, vítimas de uma epidemia, sua esposa, cumulada de profundos desgostos, fez com que a família voltasse de novo para Piracicaba. Conhecedor do Espiritismo, não perdeu tempo e logo descobriu que, na cidade, as reuniões espíritas eram realizadas mais por curiosidade de que por apego aos estudos. Tomou então a deliberação de conclamar alguns amigos, demonstrando-lhes a responsabilidade moral de cada um, após o que conseguiu, em companhia de outros confrades, compenetrados do caráter sério e nobilitante da Doutrina dos Espíritos, fundar, no ano de 1904, a "Igreja Espírita Fora da Caridade não há Salvação", a pioneira das instituições espíritas da cidade. Logo após a fundação do Centro Espírita, o clero católico moveu-lhe acerba campanha e, como decorrência não conseguiu emprego na cidade e ficou sem crédito por mais de um ano. Todos lhe negavam serviço, apesar de ser homem honesto e trabalhador. Nesse período crítico de sua vida, sua esposa costurava para ganhar algum dinheiro, conseguindo assim amparar a família e superar a crise. Logo após, conseguiu arranjar emprego numa loja de ferragens de propriedade de Pedro de Camargo, que mais tarde se tornou o famoso Vinícius. Nessa firma trabalhou durante 20 anos, chegando a ser sócio interessado, tal a sua operosidade e honestidade à toda prova. Nos idos de 1926 à 1929, como pretendesse melhorar sua situação econômico-financeira, a fim de propiciar melhor educação para seus filhos, instalou uma fábrica de bebidas. Tudo ia bem. Porém, como estivesse sempre pronto a atender aos amigos e aos necessitados, impulsionado pelo seu bom coração, acabou perdendo tudo, mais de duzentos contos de réis, verdadeira fortuna naquele tempo. Viu-se então face à dura contingência de hipotecar sua própria moradia, perdendo-a por excesso de amor ao próximo. Em 1930, resolveu trabalhar na divulgação do Espiritismo, fazendo propaganda e angariando assinaturas para a "Revista Internacional de Espiritismo" e para o jornal "O Clarim". Deixou o convívio sossegado de seu lar, de seus filhos, para viajar pelo Brasil, percorrendo centenas de cidades, pregando o Evangelho e disseminando aquelas publicações e as obras espíritas do grande missionário que foi Caírbar Schutel. Em todas as cidades por onde passava, fazia suas pregações doutrinárias. Profundo conhecedor dos textos evangélicos, esmiuçava-os com profundidade e com bastante clareza, tornando-os inteligíveis para todos. Quando falava, suas palavras eram cadenciadas e precisas. Nessa obra missionária viveu 21 anos ininterruptos, percorrendo vários Estados do Brasil, notadamente Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os transportes por ele utilizados eram dos mais precários. Muitas vezes fazia longas caminhadas a pé, a cavalo, de trem, de caminhão e de ônibus, alimentando-se e dormindo mal. Tinha imenso prazer em atender aos convites que lhe eram formulados e, sentindo-se sempre inspirado pelo Alto, levava o conhecimento de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" a milhares de pessoas e lares. Fez milhares de conferências em Centros Espíritas, praças públicas e cinema. Nessas extensas caminhadas, algumas de muitos quilômetros, auxiliava os mais necessitados com os recursos que ia amealhando. Socorria muitas pessoas, sem distinção de crença religiosa, dando-lhes dinheiro para consultar médicos, comprar óculos, adquirir mantimentos e para outros fins. Era modesto no trajar. Possuía longas barbas brancas e a criançada o chamava de Papai Noel, pois também sabia brincar com as crianças e orientá-las. Sofria sempre calado, sem lamúrias, cônscio de que os sofrimentos na Terra são oriundos de transgressões cometidas em vidas anteriores. Com a idade de 75 anos, foi acometido de pertinaz enfermidade e submetido a delicada intervenção cirúrgica, vindo a desencarnar 6 anos mais tarde. João Leão Pitta deixou várias monografias inéditas.
30
Out07

Novos Serviços Disponibilizados

Viktor

Bom dia a todos,

A harmonia e o bem estar é um estado que todos pretendemos alcançar, para assim estarmos em sintonia com o Universo encontrando o nosso equilíbrio fisíco-mente.

Venho assim, por este meio disponibilizar a minha ajuda para envio de Reiki à Distância, para quem necessitar.

Caso pretenda receber, agradeço que me contacte via e-mail para à posterior se ver o pedido e se proceder em conformidade.

Este é mais um serviço que passamos a disponibilizar ao nossos leitores e "adeptos" de REIKI.

Saudações Reikianas - NAMASTÉ.

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