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«Reiki & Terapias Orientais»

Aqui divulgo Terapias energeticas e/ou holísticas, evolução do Ser e crescimento pessoal. Autor do livro "Partilhas de um Ser" «Mestre de Reiki e Karuna». Tratamentos, Cursos e Workshop's

Aqui divulgo Terapias energeticas e/ou holísticas, evolução do Ser e crescimento pessoal. Autor do livro "Partilhas de um Ser" «Mestre de Reiki e Karuna». Tratamentos, Cursos e Workshop's

«Reiki & Terapias Orientais»

31
Jul13

Pensamentos poéticos

Viktor

Vivo envolto em pensamentos,

Que invadem a minha mente,

Parece que vivo em sobressalto,

Não consigo estar em paz tranquilamente;

         Observo os outros e faço comparações,

         Ao ponto de pensar mal de mim,

         Às vezes invejo os outros,

         Mas não gosto de ser assim;

A nossa mente é traiçoeira,

Está-nos sempre a tentar desviar da Luz,

Essa é uma guerra muito duradoura,

Que em sofrimento quase sempre se traduz;

         Tenho de zelar os meus pensamentos,

         Para não fazer ao meu próprio Ser,

         Pois sei que são pura energia negativa,

         Que em nada me ajudam a crescer;

Partilho com todos vocês,

Ensinamentos e a minha sabedoria,

Espero que os entendam e compreendam,

E que vos ajudem a viver em paz e harmonia;

         Sou para os outros,

         Aquilo que nunca foram para mim,

         Não me importa o que pensem,

         Pois sou muito feliz assim;

A vida é como um momento,

Devemos de o saber aproveitar,

Porque depois já é passado,

E não nos devemos lamentar;

         Viver no amor universal verdadeiro,

         É ser puro amor no seu coração,

         Utilize-o em tudo o que faz,

         Libertando-o como um vulcão em erupção;

Seja positivo nos pensamentos e acções,

Observe o universo com amor e paz,

Sinta a energia do amor dentro de si,

E veja o bem-estar que isso lhe traz;

         Acredita que és capaz,

         De fazer muitas coisas bonitas,

         Confia no amor que tens dentro de ti,

         Sê persistente e não desistas;

Respeita o teu semelhante,

Lida com ele com humildade e amor,

São gestos que nos enriquecem interiormente,

Evitando sentimentos de desgosto e dor.

Desejo-lhes tudo de bom.

NAMASTÊ

23
Jul13

O Santo Homem

Viktor

     Há muito, muito tempo havia um Santo Homem, tão bom que os anjos surpresos vinham do céu para verificar como alguém podia ser tão divino. Ele levava sua vida quotidiana a irradiar amor, da mesma forma que a estrela difunde luz e as flores exalam perfume, sem mesmo estar consciente disso. Duas palavras resumiam o seu dia: ele dava e perdoava. Mas essas palavras nunca saíam de seus lábios expressavam-se em seu sorriso fácil, bondade, amor e boa vontade.

     Os anjos disseram a Deus: "Ó Senhor, conceda-lhe o dom dos milagres." Deus respondeu: "Concordo. Perguntem a ele o que deseja."

      "E então, o que você deseja?", indagaram os anjos.

     "O que posso desejar?", perguntou o Santo Homem, sorrindo. "Deus já me concedeu Sua graça. Com isso, não tenho tudo?" Os anjos insistiram: "Deve pedir um milagre ou algum lhe será imposto." "Está bem", disse o Santo Homem. "Que eu possa fazer muito bem sem jamais saber." Os anjos ficaram profundamente desconcertados. Reuniram-se e combinaram o seguinte plano: cada vez que a sombra do Santo Homem ficar para trás ou para qualquer lado, de tal forma que ele não possa vê-la, a sombra deve ter o poder de curar doenças, aliviar a dor e confortar o pesar.

     E assim aconteceu. Quando o Santo Homem andava, sua sombra no chão, em qualquer lado ou por trás, fazia com que as trilhas áridas se tornassem verdejantes, levava as plantas murchas a desabrocharem, trazia água cristalina a córregos secos, cor saudável a criancinhas pálidas, alegria a mães infelizes. O Santo Homem prosseguia em sua vida quotidiana a irradiar amor, assim como a estrela difunde luz e a flor exala perfume, sem jamais ter consciência disso.

     E as pessoas, respeitando sua humildade, seguiam-no em silêncio, jamais falando de seus milagres. Pouco a pouco, até esqueceram seu nome, passando a chamá-lo apenas de "O Santo Homem".  (Adaptado de a Sombra Sagrada)

NAMASTÊ

 

09
Jul13

Reflexão: O Caminho...

Viktor

Caros leitores,

     Ao longo do tempo muito se lê e se ouve acerca do “caminho”, “ascensão”, “missão” e outros termos de certa forma idênticos aos anteriormente mencionados. Cada Ser humano tem o seu próprio caminho, que vai sendo construído por ele mesmo minuto a minuto, dia após dia, ano após ano. Esse caminho pode ser trilhado sozinho ou acompanhado, com mais ou menos fé, com maior ou menos convicção, enfim, uma enorme variedade de circunstâncias que faz com que o caminho de cada um seja verdadeiramente singular, pessoal.

     Cada um de nós é um Ser único com as suas características mais particulares (humor, amor, compaixão, fé, espiritualidade, crenças, dogmas, etc…) moldado pela sociedade em que vive, pela educação que lhe foi transmitida, enfim, um por um variado leque de informações que recebe diariamente pela família, amigos, pelos órgãos de comunicação social, pela internet, pelos livros e por outras formas de comunicação. Há alguns ditados da sabedoria popular que nos dão um conjunto algumas indicações nesse sentido, tais como: “Quem semeia ventos colhe tempestades”, “Com as pedras que encontro no meu caminho construo o meu castelo”, “Os cães ladram e a caravana passa”, “Muito riso pouco siso”, “Quem boa cama fizer nela se deitará”, “Vozes de burro não chegam ao céu”, “Cão que ladra não morde”, de entre outros que neste momento não estou recordado. Todos eles, de certa forma (directa ou metaforicamente) tentam passar algumas sugestões para a nossa caminhada, para que a possamos tornar mais proveitosa e simples possível em prol do nosso bem-estar e de todos aqueles que nos rodeiam, pois quando estamos bem irradiamos esse bem-estar e luz para quem connosco se cruza.

     Se acham que o caminho de cada um é uma tarefa simples e para o percorrer basta estar vivo, em verdade lhes digo que isso é muito mais do que isso. Durante o nosso caminho encontramos inúmeros obstáculos, provas e pessoas. Todas as coisas que ao longo do tempo surgem e cruzam o nosso caminho são da mais variada ordem, e todas essas coisas nos trazem ensinamentos e/ou aprendizagens. Por vezes são mesmo “testes” à nossa evolução enquanto seres espirituais a viver uma experiência terrestre, que vão servir para nossa posterior reflexão e assim podemos concluir se houve em nós evolução ou estagnação. Compreendo que para a maioria das pessoas o que acabei de dizer são apenas lindas palavras, pois o Ser humano tem uma tendência, diria inata, de analisar as coisas sempre pelo lado menos positivo. Termino deixando-lhe uma recomendação: Tentem ver sempre o lado mais positivo das coisas, e se não o encontrarem peçam ajuda mas evitem pensamentos menos positivos e não fiquem parados à espera de uma solução, façam algo por vocês mesmos amando-se acima de tudo.

NAMASTÊ

28
Nov12

Só por hoje

Viktor

     Só por hoje, vou procurar viver unicamente no presente (o momento) sem querer resolver só de uma vez todos os problemas da minha vida. Durante doze horas, faça qualquer coisa que o aterrorizava se achasse que tinha de o fazer por uma vida inteira.

     Só por hoje vou estar feliz, pois muitas pessoas são felizes quando se dispõe a sê-lo, seja feliz.

     Só por hoje, vou-me ajustar à realidade em vez de adapta-la aos meus desejos. Vou aceitar a minha vida e “sorte” como vier, aceitando-a de braços abertos.

     Só por hoje, vou tentar fortalecer o meu espírito. Estudarei para aprender coisas úteis, mantendo o espírito centrado em algo que exija esforço, pensamento e concentração.

     Só por hoje, irei exercitar a minha alma de três formas: com muito prazer vou fazer um favor a alguém subtilmente e mesmo que se note jamais irei enaltecer tal gesto. Farei pelo menos duas coisas sem vontade de fazer (só por exercício). Ocultarei os meus sentimentos de dor e mesmo que esteja magoado jamais revelarei essa dor.

     Só por hoje, vou ser agradável. Apresentar-me-ei aos outros da melhor forma possível: vou vestir-me convenientemente, dialogar baixo, ser delicado, elogiarei o meu semelhante em detrimento da crítica, apenas transmitirei coisas e palavras positivas aos outros, apenas me controlarei a mim mesmo.

     Só por hoje vou idealizar o meu dia. Mesmo que possa correr de maneira diferente, tentarei com que seja como idealizei. Irei evitar a pressa e a indecisão.

     Só por hoje, vou ter pelo menos meia hora apenas e só para mim. Durante esse tempo, vou descansar, relaxar, impedir-me de pensamentos negativos, meditar e tentar vislumbrar a minha vida de uma melhor maneira.

     Só por hoje, evitarei ter medo, em especial vou ter prazer em apreciar a beleza, acreditando que o que eu der ao universo ele me vai retribuir.

Fonte: João XXIII revisto e adaptado por: Mestre Viktor

Saudações Holísticas

NAMASTÊ

12
Out12

Os Vários Níveis de Reiki

Viktor

Caros leitores,

     Outras dúvidas que emergem no seio da sociedade diz respeito aos níveis de ensino, porque é que uns fazem de uma maneira e outros de outra, enfim, o Ser humano é exímio em “complicar” as coisas. De certa forma é compreensível, pois todo o Ser humano é curioso e além do mais tem todo o direito de saber o que vai ser dado/ensinado em cada um dos níveis, pois um Mestre, mais do que outra pessoa pelo conhecimento que detém, deve respeitar o livre arbítrio e as escolhas feitas pelo seu semelhante, além de que esta é a regra número 1 do Reiki. Assim sendo e para os devidos efeitos, aqui lhes dou as explicações dos vários níveis de Reiki (em meu entendimento), para vosso esclarecimento.

Nível 1:

     Este tem a seguinte nomenclatura: “A Descoberta e Acordar do Curador Interior”. Este curso está essencialmente centrado no plano físico, de modo a poder acordar e descobrir o curador interior que existe dentro de cada um. Podem, progressivamente, ocorrer algumas transformações do foro psicológico e comportamental, bem como a descoberta de facetas de personalidade das quais não tinha memória, motivada pela descoberta do Ser Supremo Interior, o seu Eu Sou. É um importante passo na vida das pessoas, pois o mesmo vai acelerar processos de transformação e ascensão no iniciado. Além da abertura dos canais energéticos que é feita no curso (sintonização), nos 21 dias seguintes o iniciado terá de passar por um processo de purificação interior. Este é um maravilhoso processo que liberta e exterioriza a nossa essência, tornando-nos pessoas diferentes e melhores, com uma visão diferente sobre si próprios, o seu semelhante e o universo. Neste nível o iniciado irá aprender a história do Reiki, o nosso sistema de chakras e as suas particularidades. Aprendem a fazer auto-aplicação de Reiki através de um conjunto de sequências de imposições de mãos e também aplicações a terceiros. Moralmente fica o iniciado “incumbido” de aplicar os 5 princípios no seu dia-a-dia e de ser mais um pólo de difusão desta prática, se de facto abraçar esta causa na sua plenitude e com todo o Amor.

Nível 2:

     Este tem a seguinte nomenclatura: “A Descoberta do Infinito Universal”. Esta formação centra-se essencialmente no plano universal da unidade, onde vai descobrir a sua enorme potencialidade curadora potenciada pelos símbolos e seus ensinamentos energéticos e morais. Vai agora estabelecer contacto com os primeiros 3 símbolos deste sistema, e as potencialidades de actuação dos mesmos. Vai aprender a fazer envios de Reiki à distância, eliminando a barreira espaço/tempo, programação de tratamentos, limpezas de espaços, e outros tipos de tratamentos mais profundos mais ligados ao plano emocional e mental. Tal como explicado no nível anterior, o iniciado terá também de cumprir com os 21 dias de auto-tratamento correspondente ao período de purificação interior. Moralmente este nível “atribui” uma grande responsabilidade ao reikiano, pois cada um dos símbolos tem um ensinamento moral além do ensinamento global da formação.

Nível 3:

     Este tem a seguinte nomenclatura: “A Descoberta e o Acordar do Mestre Interior”. Este é o nível de Professor, Terapeuta e Mestre de Reiki. Tal como em cada um dos anteriores haverá um significativo aumento da ligação à fonte energética, a permanência dessa ligação ou estado dependerá única e exclusivamente de si. Cabe ao Mestre agir de forma equilibrada em todos os aspectos da sua vida, demonstrando nos seus actos um profundo respeito por todos os seres vivos (incluindo o próprio) e pela natureza, vivenciando o sentimento de amor incondicional e plena compaixão por todos, podendo assim manter activa a forte ligação com a fonte mãe. O III nível de Reiki não é uma finalização da aprendizagem do sistema, mas antes, um novo começo, pois a aquisição de conhecimentos contínua infinitamente e ela só se torna possível com a prática diária de Reiki, permitindo que ele integre a nossa vida preenchendo-a com amor, paz, despreocupação, honestidade, integridade, saúde e felicidade. Depois de alcançar este nível, ou até depois do nível anterior (2), sentindo vontade interior de continuar e querer aprender mais, então poderá iniciar-se no Karuna, que em termos académicos podemos definir assim: Reiki (bacharelato) Karuna (licenciatura). Já agora a título meramente informativo, o primeiro nível de Karuna define-se como: “A Construção do Jardim da Alma”. Moralmente este é o nível de Reiki onde nos é atribuído uma enorme responsabilidade, pois passando a ser portador do maravilhoso legado de Mikao Usui, passa a ter uma enorme responsabilidade para consigo mesmo e perante o universo. Como tal e sendo este nível de responsabilidade elevada, todos os que o tirem não devem logo de seguida dedicar-se ao ensino, pois podem ter dissabores algo inconvenientes e como tal apenas e só deverá dar esse passo quando interiormente sentir essa capacidade, pois tem neste momento certamente capacidade de ouvir e analisar a sua voz interior, o seu Eu Sou. Todos podem lá chegar como seres divinos de luz e eternos que são, mas não tenham pressa, pois eu próprio demorei 6 anos a chegar lá (leia-se apenas o que disse como conselho e/ou exemplo pois cada um é e será sempre o responsável pelos seus actos).

Saudações Holísticas

NAMASTÊ

30
Mar12

A importância do pensamento

Viktor

 

     O veículo necessário para a manipulação energética é o pensamento. Para falar sobre este assunto necessitamos, mesmo que rudimentarmente, de falar um pouco sobre o Perispírito, também conhecido como Corpo Astral pelos teosofistas. Este corpo energético é o responsável pela expressão dos seus desejos e consciência.

     O seu campo de energia não é, necessariamente, de natureza electromagnética. Mas costuma-se definir assim devido aos nossos ainda limitados conhecimentos físicos dessa realidade subtil e astral. O importante, porém, é sabermos que o nosso Corpo Astral é o veículo para que possamos expressar nossas paixões, sentimentos, desejos e emoções. Ele serve de intermediário entre o Corpo Mental (ou apenas mente) e o Corpo Físico. Em suma, trata-se de um veículo de consciência e de acção responsável pela transmissão de vibrações, tanto do plano físico para o mental ou vice-versa. Noutras palavras, como o Corpo Físico limita-se a colher no mundo exterior as vibrações daí provenientes, e estas ao chegar ao Corpo Astral, são transformadas em sentimentos como amor, ódio, prazer, dor, alegria, etc.

     Porém, o que mais nos interessa no momento é que, a matéria astral, se é que assim nos podemos referir a esse tipo de energia, é plasmada pela emissão de pensamentos. Os nossos sentimentos imprimem nessa mesma matéria astral determinadas cores, variando conforme a intensidade dos mesmos. Daí o facto da Cromoterapia ser uma técnica importante e que deveria ser conhecida por todos os interessados em cura. E a cor, a forma, a nitidez e a duração da energia são determinadas pela qualidade do pensamento e da emoção, como também pela intenção e vontade do curador.

     Assim, o que necessitamos para enviar bons fluidos é, em primeiro lugar, aprender a controlar os nossos pensamentos e emoções, além de ter vontade de servir ou de se doar. E onde entram os símbolos do Reiki? Estes representam ensinamentos morais que ajudam a pessoa a concentrar-se numa realidade superior. Em suma, ajuda a pessoa a despertar, lentamente, o kundalini adormecido. Cada símbolo está intimamente ligado a um chakra e à sua respectiva energia, pois, apesar do prana ser uno, manifesta-se em sete variedades principais e com funções psíquicas diferentes.

     Assim temos sérias dificuldades para mentalizar o abstracto. Por isso, em quase todas as culturas, criam-se determinados objectos ou símbolos que são catalisadores para facilitar e orientar a emissão do pensamento e da energia. Com o REIKI acontece o mesmo.

     Devemos sempre ressaltar que o pensamento dinâmico pode criar energia positiva ou negativa. Daí inúmeros “acidentes” podem acontecer quando o praticante traça correctamente o símbolo, mas fica durante toda a sessão a emitir pensamentos negativos ou se esta descontrolado emocionalmente. Além disso, pela “Lei do Karma”, toda e qualquer emissão de pensamento, quer positivo ou negativo, terá um efeito sobre aquele que o manifestou.

     A energia emitida pelo REIKI é a mesma energia estudada e classificada como “força ódica”, por Reinchenbach, ou “energia bioplásmica” ou “psicotrónica”, segundo vários cientistas da antiga União Soviética e da Checoslováquia. Desde a Antiguidade, sabe-se que essa energia pode ser transferida de indivíduo para indivíduo, pela imposição das mãos ou a distância, através da vontade, da oração sincera e pura ou do pensamento elevado. Através da vontade sincera é possível emitir uma ou outra qualidade de prâna, de acordo com a finalidade a que nos propomos.

     Como é a vontade e o pensamento que produzem a emissão de fluidos e não os símbolos, ser um reikiano não garante a qualidade das vibrações emitidas, de aí a importância da empatia energética com o terapeuta ou mestre.

     Os símbolos favorecem a imaginação e a concentração numa realidade superior. Está a aumentar a quantidade de reikianos que percebem, na prática, que é necessário estar concentrado para enviar REIKI; que é necessário elevar o pensamento e/ou fazer uma prece; que após algumas sessões seguidas a pessoa sente algum cansaço etc. O simples acto mecânico de traçar um determinado símbolo não é suficiente se faltar a vontade e o desejo de enviar bons fluidos para o receptor. Por mais redundante que possa parecer, o papel do símbolo está na sua dimensão simbólica, ou seja, em representar um ensinamento de cunho moral capaz de elevar o padrão vibratório de cada praticante, precisamente o que a maioria dos cursos de REIKI acaba por deixar de lado. Os símbolos servem, em suma, para disciplinar o pensamento e a vontade.

 ADILSON MARQUES

Saudações Holísticas

NAMASTÊ

15
Fev12

Líder Tibetano enfrenta a linhagem Ningma e denuncia o Pseudo-Budismo

Viktor

     Vamos tentar apresentar os pontos que nos pareceram mais representativos do encontro reservado junto ao hotel onde Sua Santidade foi hospedada, em São Paulo.

     Tenha o leitor em mente que esta foi a terceira visita oficial do Dalai Lama ao Brasil. Desde 1992, ele acompanhou o gradual desenvolvimento de centros budistas, comunidades de praticantes (sanghas) e a transmissão dos ensinamentos, nestes cerca de 15 anos.

     Um outro ponto digno de nota, ocorrido nos dias anteriores à reunião secreta, foco deste artigo, foi o fato de, pela primeira vez, os budistas “leigos” terem tido acesso ao palco, junto aos membros “ordenados”. Dispostos numa certa hierarquia, lamas, mestres zen, mestres chan, entre outros, sentavam em primeiro plano, bem na frente da cadeira reservada para o Dalai Lama; depois vinham os leigos (chamados, também, de “professores do Darma”) seguidos pelos respectivos representantes oficiais das Entidades Anfitriãs, que auxiliaram durante toda a preparação e organização do evento, compondo o Comitê que tratou de todos os aspectos da visita. A identificação “exterior” era nítida, por conta das diferentes vestimentas coloridas, algumas chamativas, pois todos os centros, tibetanos, zen, chan, etc., estavam – especialmente na palestra de abertura, no Templo Zu Lai – devidamente paramentados. Ali, especialmente, Sua Santidade deparou-se com muitas roupagens distintas.

1. Sua Santidade o Dalai Lama verdadeiramente soltou um grito, dizendo (num inglês absolutamente claro, mas aqui, obviamente, já traduzido por nós): “Calem-se!!!” E riu alto, magnânimo, em meio a um silêncio ensurdecedor que se seguiu, pois o grupo jamais esperaria uma atitude como aquela, vinda de quem vinha... Foi um “cala a boca!” contundente, e o silêncio instalou-se quase por um susto, um verdadeiro “choque” repentino da audiência. O grupo engoliu o mantra em seco, ficando com um sorriso “amarelo-histriônico” estampado no rosto. Com aquela introdução, de fato, muito constrangedora, mas verdadeira, o “tom da conversa” havia sido inequivocamente apresentado. Todos estavam ali, contra-a-parede, perfilados assim como num “pelotão de fuzilamento”... E quem estava ali, fazendo uso das palavras como uma arma eficaz e certeira, era exatamente ele, o Dalai Lama.

2. Iniciando por este imponente “Calem-se!!!”, Sua Santidade fez uma breve digressão. Disse que, no templo Zu Lai, viu um desfile de muitas vestimentas: “Havia roupas tibetanas, roupas chinesas, roupas japonesas, tailandesas, entre outras. Havia até roupas normais, de ocidentais... Porém, algumas roupas que havia lá, pareceram-me ser, na verdade, de outro planeta!” (muitos  risos, risos amarelos, vermelhos, azuis, pretos...). “Penso que havia ali roupas até de ETs!” E riu muito alto, no que não conseguimos nos conter, apesar do constrangimento que sentíamos pelo que aquelas duras palavras significavam... Sua Santidade olhava nos olhos de cada um dos lamas e, quando se referiu a “roupas de ETs”, encarou uma pessoa específica. Imaginamos, imediatamente, que o Dalai Lama conheça praticamente todas as roupas monásticas existentes em cada templo do mundo inteiro e, talvez, tivesse percebido, nos trajes muito chamativos daquele indivíduo, algo ainda sem correspondência no universo de vestimentas de grupos reconhecidos fora do Brasil... A força de sua presença e coragem foi impressionante. Ninguém conseguia esboçar qualquer intervenção ou comentário. Na verdade, aquelas palavras eram mais um susto estupendo. O que viria a seguir? Muito mais do que se poderia imaginar...

3. O Dalai Lama mudou um pouco o tom irônico para um pronunciamento esmagador, uma lição absolutamente memorável: “Vocês são ocidentais e mudaram suas roupas. (referindo-se aos mantos, saias e sobremantos dos brasileiros ali presentes). Mudaram até a mobília da casa de vocês. Vocês acham que o Darma está nas roupas ou na mobília, nos adornos de suas casas? (Estão enganados)... O Darma não está nas roupas, mas no coração e na mente” ... E riu alto novamente... A “atmosfera” do ambiente ficou absurda. Os lamas, bem na frente de Sua Santidade estavam paralisados, sem face, exibindo um “sorriso amarelo-aterrorizado”, indescritível. Davam a impressão de quererem ser teletransportados dali, mas não podiam simplesmente desaparecer, fugir, correr ou recuar, pois estavam presos no cordão de fuzilamento, sob os olhos atentos de um Dalai Lama ao mesmo tempo implacável e totalmente amoroso. Isso o que mais nos impressionava. Assistíamos à capacidade extrema de apontar e cravar a espada com precisão e veemência absoluta, mas sem intenção de causar dano. Não havia ódio no gesto hábil, quase leve, ainda que parecesse pesar toneladas pela dor que causava. O golpe excruciante tentava apenas eviscerar e fazer vazar o pus abjeto, encarcerado num abcesso maduro que apodreceria tudo o que ainda pudesse restar são... A impressão que tivemos foi de um Dalai Lama gigantesco, com mil metros de altura, e os líderes todos ali, bem na sua frente, como pigmeus, tentando entrar para dentro dos próprios sapatos a fim de se esconderem apavorados. Mas, como isso também não era possível, jaziam ali indefesos, a mercê de uma autoridade e poder superiores. Imagine o leitor que Sua Santidade, em pessoa, teve de lembrá-los disso! Dizer-lhes isso com cada letra e palavra. Está escrito no Dhammapada: “O hábito não faz o monge.” (Nem o canto de mantras!) Mas, quem, então, segue verdadeiramente o Darma? Só com esta atitude e clara intervenção, para quantos questionamentos nos remeteu Sua Santidade! Não ficou por aí, sigamos adiante:

4. Sua Santidade fez um breve comentário sobre ter-se alguma consideração pela cultura tibetana, mas que, “se há alguém que deve tentar preservar a cultura tibetana, são os tibetanos!” Se alguém deve preservar a cultura chinesa, são os chineses... e assim por diante... Querendo, talvez, no fundo, perguntar: e vocês, o que fazem com estas roupas de uma cultura exótica? Quem irá preservar a cultura de vocês? Deu a entender que mudar externamente, não transformava nada de fato e que eles jamais seriam tibetanos por usar roupas tibetanas.

5. Então, Sua Santidade deu o exemplo fortíssimo, discorrendo sobre o quão é difícil transformarmos a nós mesmos: afirmou que o Buda havia levado “três eons” (eras intermináveis) para iluminar-se. Reconhecido aos quatro anos de idade, levado ao contexto monástico, ele foi conduzido por muitos mestres, ao longo de muitas práticas, mas que ele mesmo praticava com maior consciência de sua condição desde os 16 anos, quando acredita ter entendido um pouco do significado de alguns ensinamentos e havia se tornado muito clara e nítida a sua condição de chefe de estado. “Estou agora com 70 anos...”, meditando cerca de nove horas diárias, desde essa idade, “e só consegui me transformar um tanto assim...” (mostrou os dedos polegar e indicador grudados um no outro). Ou seja, mesmo Sua Santidade, com todo o seu esforço, empenho, vida dedicada, como um monge que preza seus votos e práticas, havia conseguido avançar muito pouco. Esta afirmação, por si só, demonstra a envergadura da plena consciência e humildade dessa pessoa incomum.

6. Então, Sua Santidade desfere mais um golpe certeiro: ”Vocês fazem um retiro de três anos... e alguns fazem um workshop budista de um final de semana, e já se consideram transformados, espiritualmente elevados e até iluminados! Isso é loucura!” E ria alto, disparando seu olhar sobre todos. Desta feita, foi como prensar os ossos dos muitos orgulhos e vaidades presentes. Mas não parou tão logo, parecia saber que havia ossos ainda mais resistentes para serem moídos:

7. Sem retroceder um milímetro, indo em frente, Sua Santidade calou ainda mais fundo: “Vocês fazem rituais, retiros rituais de um mês, cantando mantras para Manjurshri, por exemplo, e pensam que já transformaram todas as suas negatividades. Então, depois disso, alguns já se autodenominam gurus!” E ria-se muito mesmo, como se quisesse assoprar a ferida recém-aberta... Assim que a dor parecia ter reduzido um pouco, que o grupo havia tomado um pouco de ar, Sua Santidade batia forte de novo:

8. Vocês fariam muito melhor se, ao invés de ficar em repetindo rituais (vazios), ou permanecer por um mês cantando mantras, utilizassem esse mês estudando o Darma!” E ria assustadoramente. Na prática, suas palavras significavam diretamente: vocês não sabem nada e se arvoram de lamas, mestres, gurus iluminados e etc. Isso é uma grave loucura! Ninguém mais do que Sua Santidade tem consciência do quanto uma pseudo ou falsa liderança, ou pior, uma liderança despreparada, confusa, pode gerar em termos de negatividades. Mas não foi em tom de ameaça ou chantagem: foi lúcido, brilhante como o sol nascente fazendo desaparecer as trevas da madrugada com sua presença esclarecida. Estudar o Darma é trabalho interminável, de toda a vida, pois ele é vasto e profundo. Então, Sua Santidade escolheu atacar outro tema fundamental:

9. “Outro dia, nos EUA, uma pessoa se aproximou de mim e perguntou: ‘S. S. como eu posso me aproximar do budismo tibetano se, há algum tempo, fui com minha esposa a um centro onde um certo lama ensinava e ele foi tão sedutor que minha mulher abandonou minha família para ir viver com o lama?’ ”   E S. S. perguntou: “Vocês acham que isso é ser lama? Ser lama é para obter favores sexuais, para alcançar reconhecimento, fama? Para muitos, é apenas uma questão de ganhar dinheiro! Há empresários inescrupulosos se utilizando do Darma para, simplesmente, fazer dinheiro!”  E ria alto e mais alto...

10. Abrandando um pouco o tom, já que havia exposto a chaga a céu aberto, diante de uma audiência que parecia anestesiada de tantas observações contundentes, S.S. falou sobre o quanto é custoso mudar, transformar-se internamente. Mas, deixou claro: “Mudar externamente não significa nada. É perda de tempo.” Falou que “fingir” ser o que não se é não leva a lugar algum, pois nada é alcançado assim... A não ser os benefícios secundários de ser alvo de atenções, consideração, respeito e outros benefícios económicos que não vêm ao caso mencionar, mas são evidentes.

Sua Santidade falou também sobre a arrogância, a soberba, a superioridade, dizendo que estes eram obstáculos sérios, impeditivos do prosseguimento no caminho. Então defendeu que, para o Ocidente, a perspectiva leiga e não-religiosa talvez fosse a melhor e mais adequada para a transmissão do budismo. Repetindo suas palavras já ditas no Templo Zu Lai, ao observar a presença de leigos sentados nas almofadas no palco, que os leigos sempre foram discriminados e que isto era totalmente injusto e sem sentido.

11. Depois de outros comentários, Sua Santidade definitivamente abrandou suas palavras, falando seriamente da atual condição do seu país, o Tibete, ainda nas mãos dos chineses. Concluiu ser melhor que Tibete fique mesmo com os chineses, pois estão modernizando o país, coisa que os tibetanos não poderiam proporcionar ao povo. Observou, porém, que isso deveria ser feito com garantias de direitos aos cidadãos, com respeito às diferentes etnias, direitos iguais preservados, constituição, democracia e etc.

12. Finalmente, agradeceu a todos que trabalharam e colaboraram com tudo. Muitos aplausos, suspiros e Sua Santidade foi sentar-se, rapidamente, na cadeira de cada grupo, para as respectivas fotos.

Talvez não signifique absolutamente nada, mas, quando saímos por uma porta dos fundos, aberta por um funcionário enquanto os demais grupos tiravam fotos com o Dalai Lama, seguimos por ali, sem saber onde sairíamos e, para nossa surpresa, encontramo-nos novamente com S.S. já deixando o hotel. Ele sorriu para nós, despedimo-nos com acenos de mão e muita felicidade.

Em sua muito provável última visita ao Brasil, Sua Santidade nos fez ficar de espírito leve, solto, como se tudo estivesse em paz e em seu devido lugar.

Foi uma lição forte e inesquecível. Todos nós passaremos a respeitar profundamente os lamas e mestres que seguirem os conselhos expressos por Sua Santidade neste encontro tão histórico e memorável quanto enriquecedor.

Saudações Holísticas

NAMASTÊ

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