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«Reiki & Terapias Orientais»

Aqui divulgo Terapias energeticas e/ou holísticas, evolução do Ser e crescimento pessoal. Autor do livro "Partilhas de um Ser" «Mestre de Reiki e Karuna». Tratamentos, Cursos e Workshop's

Aqui divulgo Terapias energeticas e/ou holísticas, evolução do Ser e crescimento pessoal. Autor do livro "Partilhas de um Ser" «Mestre de Reiki e Karuna». Tratamentos, Cursos e Workshop's

«Reiki & Terapias Orientais»

10
Fev10

Chacras, o que são?

Viktor

Chacras são órgãos não físicos que transformam energia Kundalini pura em formas de energia mais subtis, e usáveis, de um tipo diferente. Os chakras não contêm, eles mesmos, energia. Energia pura é retirada do planeta, pelos chacras secundários nas pernas e pés, e inserida no sistema dos chacras principais.

A energia Kundalini é, em essência, pura energia de pensamento que permeia e une todo o universo. Esse campo de energia viva pode ser interceptado, mais profundamente, pela aplicação da vontade criativa concentrada, ou através das terapias holísticas energéticas (p. ex. Reiki, Karuna, etc). Ela pode ser puxada para o corpo humano e transformada, pelo sistema de chacras, em uma forma de energia mais subtil e utilizável.

Os chacras estão ligados à espinha medular e ao sistema nervoso através de certas glândulas e nervos. O sistema de chacras completo é extremamente complexo. Existem 3 chacras mestre, 4 principais e mais de 300 chacras secundários no corpo humano. Existem também vários chacras não físicos situados fora do corpo (aura). Mapas detalhados do sistema de chacras e seus meridianos conectivos e interligações, foram usados durante milhares de anos no misticismo do leste e na medicina, exemplo: acupunctura.

O sistema de chacras também é usado com todas as habilidades psíquicas, sem excepções. Qualquer seja a habilidade psíquica, o método de desenvolvimento ou a terminologia utilizada para descrevê-la, tudo é feito da mesma forma, através da estimulação dos chacras. É impossível manifestar qualquer habilidade psíquica sem primeiro estimular os chacras.

Muitas pessoas irão negar o acima dito, e dizer que nunca fizeram qualquer trabalho de energia com os chacras, no entanto continuam a ter habilidades psíquicas. Existem muitas formas de desenvolverem a si próprios, mas todos, directamente ou indirectamente, estimulam o sistema de chacras. E não podemos esquecer a habilidade natural. Muitas pessoas nascem com chacras naturalmente activos e daí, a habilidade psíquica natural.

Os Médiuns são pessoas que exibem habilidades psíquicas quando ajudados por uma entidade espiritual não física. Essa entidade estimula os chacras do médium directamente, harmonizando-se com o médium e causando habilidades psíquicas, clarividência, canalização, cura, produção de ectoplasma, etc. para se manifestar através do médium. É por isso que eles são chamados de médiuns ou canais, p. ex: eles tem a habilidade de se tornar um veículo passivo para a entidade espiritual afectar, ou comunicar com o mundo físico.

Você não precisa de uma entidade espiritual para desenvolver e usar, uma habilidade psíquica. Se você aprender a controlar os seus chacras e a energia, pode fazer estas coisas sozinho, sem nenhum espírito envolvido, e sem o risco inerente com este método.

Saudações Reikianas

NAMASTÉ

31
Out08

Médium Curador

Viktor

É uma faculdade que alguns médiuns possuem para curarem moléstias. Ocorre de forma espontânea. Podem realizar curas, provocando reacções reparadoras de tecidos e órgãos do corpo humano, através de um toque de mãos, pelo olhar ou por um gesto.

 Não podemos confundir mediúnidade de cura com magnetização. A magnetização é um tratamento contínuo, regular e metódico; ao passo que a cura realizada por um médium curador ocorre espontaneamente e de forma instantânea.

O médium curador além do magnetismo próprio, tem o Dom de captar, condensar, e dinamizar os fluidos cósmicos (substância cósmica fundamental) e transmiti-los para a zona doente de forma ordenada .

Os fluidos transmitidos possuem propriedades e efeitos que variam de acordo com a fonte geradora, de vibração específica, como por exemplo o sentimento do médium durante a emissão dos mesmos.

Nos fenómenos de cura os fluidos são subtis, radiantes e próprios para alterar as vibrações existentes.

O médium curador capta os fluidos leves e benignos da natureza ( através da concentração mental, com o pensamento firme no intuito de fazer a reparação dos tecidos doentes) e irradia-os sobre o doente. Quando está vibrando em ressonância com o Cristo, gera forças de alto poder curador que vertem sobre o doente que também está em vibração de fé e desejo de cura.

Nos médiuns curadores o centro diafragmático, localizado atrás do plexo solar (no chacra umbilical) é muito grande e desenvolvido, e é chamado de Centro de Cura. Também é considerado como um Centro da vontade como aquele entre os omoplatas, este centro também é maior em médiuns curadores.

Estes médiuns também possuem os chacras tatwas( nas palmas das mãos) muito desenvolvidos pois é por onde canalizam os fluidos curadores para os doentes. Exemplo disto é quando qualquer dor que sintamos, colocamos imediatamente a nossa mão sobre o local da dor para que possa ser restabelecido o equilíbrio dos eléctrons. As pessoas fracas gostam de estar segurando as mãos das mais fortes e os enfermos também fazem com os sadios.

Os médiuns curadores captam as energias cósmicas através dos chacras coronário, umbilical e Umeral e as canalizam para as suas mãos ou seus pensamentos. Este fluidos penetram o corpo etérico e físico do doente atingindo as células e seus átomos, bombardeando-os com eléctrons. Isto faz com que a vibração dos mesmos seja harmonizada tornando assim as células mais activas, acelerando as suas trocas químicas. Estas alterações fazem com que as células restabeleçam a sua capacidade regenerativa, equilibrando-se e reactivando as suas funções originais.

Agindo através dos chacras do doente atingem o seu perispírito; purificando-o pela aceleração vibratória auxiliando assim a realizar a cura no corpo astral do doente.

Porém, as moléstias de ordem cármica só podem ser curadas se houver merecimento do doente, mas mesmo assim sempre haverá benefícios para o mesmo.

Para que a cura seja efectiva, o médium curador deve orientar o doente para a reeducação da sua atitude mental, afastando a causa do desequilíbrio patológico, através de pensamentos positivos, fé e esperança.

O médium pode associar várias técnicas ao seu Dom curador, assim como o Reiki, Magnify Healing, a Cromoterapia, Cristalterapia, entre tantas outras.

Todas os requisitos necessários ao médium passista também se aplicam ao médium curador, como os de conduta, de asseio, de reforma moral, etc.

BIBLIOGRAFIA: O livro dos médiuns - Allan Kardec

Saudações Reikianas.

NAMASTÉ

08
Ago08

AS VIDAS SUCESSIVAS

Viktor

Como já neste blog tinha sido dito o homem deve antes de tudo aprender a se conhecer a fim de clarear seu porvir. Para caminhar com passo firme, precisa saber para onde vai. É conformando seus actos com as leis superiores que o homem trabalhará eficazmente para a própria melhoria e do meio social. O importante é discernir essas leis, determinar os deveres que elas nos impõem, prever as consequências de suas acções. O dia em que estiver compenetrado da grandeza de sua função, o ser humano poderá melhor se desapegar daquilo que o diminui e rebaixa; poder-se-á governar com sabedoria, preparar os seus esforços na união fecunda dos homens numa grande família de irmãos.

Mas estamos longe desse estado de coisas. Ainda que a humanidade avance na via do progresso, pode-se dizer, entretanto, que a imensa maioria dos seus membros caminha pela via comum, no meio da noite escura, ignorante de si mesma, nada compreendendo do propósito real da existência.

Espessas trevas obscurecem a razão humana. As radiações da verdade chegam empalidecidas, enfraquecidas, impotentes para aclarar as rotas sinuosas trilhadas pelas inumeráveis legiões em marcha e para fazer resplender aos seus olhos o objectivo ideal e longínquo.

Ignorando os seus destinos, flutuando sem cessar entre o preconceito e o erro, o homem maldiz, por vezes, a vida. Curvando-se sob seu fardo, lança sobre seus semelhantes a culpa das provas que suporta e que, muito frequentemente, são geradas pela sua imprevidência. Revoltado contra Deus, a quem acusa de injustiça, chega mesmo, algumas vezes, na sua loucura e desespero, a desertar do combate salutar, da luta que, por si só, poderia fortificar sua alma, esclarecer o seu julgamento, prepará-lo para os trabalhos de uma ordem mais elevada.

Por que é assim? Porque o homem desce fraco e desarmado na grande arena onde trava sem trégua e descanso, a eterna e gigantesca batalha? É porque este globo, a Terra, está em um degrau inferior na escala dos mundos. Aqui residem em sua maior parte espíritos infantis, isto é, almas nascidas há pouco tempo para a razão. A matéria reina soberana em nosso mundo. Nos curva sob seu jugo, limita as nossas faculdades, estanca os nossos impulsos para o bem e as nossas aspirações ao ideal.

Além disso, para discernir o porquê da vida, para entrever a lei suprema que rege as almas e os mundos, é preciso saber-se libertar dessas pesadas influências, desapegar-se das preocupações de ordem material, de todas essas coisas passageiras e cambiantes que encobrem o nosso espírito e que obscurecem os nossos julgamentos. É nos elevando pelo pensamento acima dos horizontes da vida, fazendo abstracção do tempo e do lugar, pairando, de alguma forma, acima dos detalhes da existência, que perceberemos a verdade.

Por um esforço de vontade, abandonemos um instante a Terra e gravitemos nessas alturas imponentes. De cima se desenrolará para nós o imenso panorama das idades sem conta, e dos espaços sem limites. Da mesma forma que o soldado, perdido no conflito, não vê senão confusão em torno dele, enquanto o general, cujo olhar abraça todas as peripécias da batalha, calcula e prevê os resultados; da mesma forma que o viajante, perdido nas sinuosidades do terreno pode, escalando a montanha, vê-as fundirem-se num plano grandioso; assim a alma humana, da altura onde plana, longe dos ruídos da terra e longe dos baixios obscuros, descobre a harmonia universal. Aquilo que, aqui em baixo, lhe parece contraditório, inexplicável e injusto, quando visto do alto, se reata, se aclara; as sinuosidades do caminho se endireitam; tudo se une, se encadeia; ao espírito, fascinado, aparece a ordem majestosa que regula o curso das existências e a marcha do universo.

Dessas alturas iluminadas, a vida não é mais, para os nossos olhos, como é para os da multidão - uma vã perseguição de satisfações efémeras - mas antes um meio de aperfeiçoamento intelectual, de elevação moral, uma escola onde se aprende a doçura, a paciência e o dever. E essa vida, para ser eficaz, não pode ser isolada. Fora dos seus limites, antes do nascimento e após a morte, vemos, numa espécie de penumbra, desenrolar-se inúmeras existências através das quais, ao preço do trabalho e do sofrimento, conquistamos, peça por peça, retalho por retalho, o pouco de saber e de qualidades que possuímos; por elas igualmente conquistaremos o que nos falta: uma razão perfeita, uma ciência sem lacunas, um amor infinito por tudo que vive.

A imortalidade assemelha-se a uma cadeia sem fim e se desenrola para cada um de nós na imensidade dos tempos. Cada existência é um elo que se religa, na frente e atrás, a elos distintos, a vidas diferentes, mas solidárias entre si. O presente é a consequência do passado e a preparação do futuro. De degrau em degrau, o ser se eleva e cresce. Artesã de seu próprio destino, a alma humana, livre e responsável, escolhe seu caminho e, se este caminho é mau, as quedas que advirão, as pedras e os espinhos que a dilacerarão, terão o efeito de desenvolver sua experiência e esclarecer a sua razão nascente.

Saudações Reikianas.

NAMASTÉ

07
Ago08

Chakras, Formação do Corpo Astral e Evolução

Viktor

Os chakras são responsáveis pela formação do corpo espiritual. É o que ensina André Luiz ao dizer que "vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder directriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células eléctricas, que podemos definir como sendo um campo electromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado." (Entre a Terra e o Céu, p. 126).

Esta também é a opinião emitida por Coquet: "... Os centros são as causas primárias na formação e na construção do templo do homem ou, em outros termos, do mecanismo da alma. É, pois, normal constatar as dificuldades que têm as glândulas endócrinas de se adaptarem aos ritmos que lhes impõe a consciência objectiva em curso da evolução e particularmente neste século rico de novidades.

“Mas isto faz parte do plano de evolução e cada um deve estar consciente disso. À medida que a natureza emocional se desenvolve e o intelecto torna-se mais activo, os centros correspondentes tornam-se igualmente mais activos e pode-se observar a emergência de determinadas perturbações. Tomemos o exemplo do centro laríngeo que, em se desenvolvendo, arrasta consigo uma crescente actividade do intelecto e determina assim uma grande complexidade do pensamento: nós veremos a aparição de perturbações de ordem psicológica. Cada centro determina, pois, um número bem preciso de perturbações inerentes à qualidade de sua energia respectiva" (op. cit., p.85).

Saudações Reikianas.

NAMASTÉ

23
Mai08

MEDIUNIDADE E OBSESSÃO

Viktor

De entre os que sentem de modo ostensivo a presença dos Espíritos, existem aqueles que estão perturbados por obsessão. Estes não devem ser orientados para o desenvolvimento da mediúnidade, e sim encaminhados para o serviço de desobsessão.

Quando se submete um paciente obsediado ao desenvolvimento da mediúnidade, corre-se o risco de vê-lo mergulhar num estado de profundo desequilíbrio. O exercício da mediúnidade poderá levar o médium enfermo a sofrer uma maior agressão do obsessor, principalmente se a obsessão apresentar um carácter grave.

Allan Kardec diz que a mediúnidade obsediada não merece qualquer confiança. Portanto, não há motivo para se colocar o obsediado na reunião mediúnica. Deve-se oferecer a ele a assistência espírita, acompanhada de tratamento médico, quando necessário. Depois, liberto do condicionamento medicamentoso, se a sensibilidade permanecer num nível elevado, o paciente poderá ser encaminhado para a educação mediúnica, se tiver disposição para isso. Não se deve induzir ninguém a desenvolver mediúnidade contra sua vontade.

 

"Não se deve jamais provocar ou encorajar o desenvolvimento das faculdades mediúnicas de pessoas fracas (ou de crianças). Deve-se afastar da prática mediúnica, por todos os meios possíveis, as que apresentem os menores sinais de excentricidade nas ideias ou de enfraquecimento das faculdades mentais, porque são evidentemente predispostas à loucura, que qualquer motivo de super excitação pode-se desenvolver" - (Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, Capítulo XIIIV, item 222).

29
Abr08

Médiuns de efeitos físicos

Viktor

Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenómenos materiais, como os movimentos dos corpos inertes, ou ruídos, etc. Podem dividir-se em médiuns facultativos e médiuns involuntários.

Os médiuns facultativos são os que têm consciência do seu poder e que produzem fenómenos espíritas por acto da própria vontade. Enquanto inerente à espécie humana, conforme já dissemos, semelhante faculdade está longe de existir em todos no mesmo grau. Porém, se poucas pessoas há em quem ela seja absolutamente nula, mais raras ainda são as capazes de produzir os grandes efeitos tais como a suspensão de corpos pesados, a translação aérea e, sobretudo, as aparições. Os efeitos mais simples são a rotação de um objecto, pancadas produzidas mediante o levantamento desse objecto, ou na sua própria substância. Embora não demos importância capital a esses fenómenos, recomendamos, contudo, que não sejam desprezados. Podem proporcionar ensejo a observações interessantes e contribuir para a convicção dos que os observem. Cumpre, entretanto, ponderar que a faculdade de produzir efeitos materiais raramente existe nos que dispõem de mais perfeitos meios de comunicação, quais a escrita e a palavra. Em geral, a faculdade diminui num sentido à proporção que se desenvolve em outro.

Os médiuns involuntários ou naturais são aqueles cuja influência se exerce a seu mau grado. Nenhuma consciência têm do poder que possuem e, muitas vezes, o que de anormal se passa em torno deles não se lhes afigura de modo algum extraordinário. Isso faz parte deles, exactamente como se dá com as pessoas que, sem o suspeitarem, são dotadas de dupla vista. São muito dignos de observação esses indivíduos e ninguém deve descuidar-se de recolher e estudar os factos deste género que lhe cheguem ao conhecimento. Manifestam-se em todas as idades e, frequentemente, em crianças ainda muito novas.

Tal faculdade não constitui, em si mesma, indício de um estado patológico, portanto não é incompatível com uma saúde perfeita. Se sofre aquele que a possui, esse sofrimento é devido a uma causa estranha, donde se sabe que os meios terapêuticos são impotentes para fazê-la desaparecer. Nalguns casos, pode ser consequente de uma certa fraqueza orgânica, porém, nunca é causa eficiente. Não seria, pois, razoável tirar dela um motivo de inquietação, do ponto de vista higiénico. Só poderia acarretar inconveniente, se aquele que a possui abusasse dela, depois de se haver tornado médium facultativo, porque então se verificaria nele uma emissão demasiado abundante de fluido vital e, por conseguinte, enfraquecimento dos órgãos.

NAMASTÉ

28
Abr08

PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA DIRECTA?

Viktor

A pneumatografia é a escrita produzida directamente pelo Espírito, sem nenhum intermediário; difere da psicografia, por esta ser a transmissão do pensamento do Espírito, mediante a escrita feita com a mão do médium. O fenómeno da escrita directa é, não há dúvida, um dos mais extraordinários do Espiritismo; mas, por muito anormal que pareça, à primeira vista, constitui hoje facto averiguado e incontestável. A teoria, sempre necessária, para nos inteirarmos da possibilidade dos fenómenos espíritas em geral, talvez mais necessária ainda se faz neste caso que, sem contestação, é um dos mais estranhos que se possam apresentar, porém que deixa de parecer sobrenatural, desde que se lhe compreenda o princípio.

NAMASTÉ

07
Mar08

Afinal, o que é Espiritismo?

Viktor
Kardec nos afirma que o Espiritismo é uma ciência experimental, constituída a partir das instruções dadas pelos Espíritos sobre todos os assuntos que interessam à Humanidade e, também, através das respostas às perguntas que lhes foram propostas, tendo sido recolhidas e coordenadas com cuidado (OE, p.186). Tais instruções possibilitaram a Kardec produzir três estudos fundamentais, um de ordem filosófica (O Livro dos Espíritos), um de ordem moral (O Evangelho segundo o Espiritismo) e um sobre o processo de comunicação mediúnico (O livro dos Médiuns).
Porém, devemos nos lembrar que Kardec viveu e escreveu imbuído pelos valores dominantes do homem europeu do século XIX: o evolucionismo, o positivismo, o cientificismo etc. Além disso, se tais livros abarcaram “todos” os assuntos que interessavam naquele momento da história europeia e ocidental, não significa que outros assuntos não possam ser abordados pelo Espiritismo. Ou será que eles dão conta de todos os assuntos que interessaram à humanidade do século XX e dos que interessarão à humanidade do século XXI?
Será que Kardec poderia prever que entre outros assuntos, o homem ocidental se preocuparia com a preservação do meio ambiente e, relacionado a este tema, com o vegetarianismo e com o direito dos animais? Ele poderia prever o surgimento de novas terapias vibracionais como os Florais, o Reiki, a Cromoterapia ou a Musicoterapia? Ou que o homem dito “civilizado” demonstraria um interesse gradativo pelas ancestrais filosofias e práticas corporais do Oriente, tais como o T’ai Chi Chuan, o Yoga, a Meditação, o Do-In? E mesmo no campo do mediunismo, será que Kardec imaginaria que no século XX a Umbanda seria renovada, abolindo o sacrifício de animais e a cobrança pelo trabalho de assistência espiritual ou que haveria uma crescente manifestação mediúnica de entidades na forma de índios, pretos-velhos, crianças, orientais etc., além dos famosos médicos, literatos, padres e filósofos? Kardec poderia prever o surgimento da Transcomunicação Instrumental, justamente, no seio da Igreja Católica, no Vaticano? E a Apometria, com o diagnóstico de outras enfermidades espirituais?
Em suma, são tantos temas e assuntos espíritas que, se Kardec tivesse encarnado no século XX, teria produzido, ou orientado, muitos estudos segundo o Espiritismo.
Sendo o Espiritismo uma ciência experimental, tais assuntos apresentados acima, todos de interesse da humanidade, não podem ser levados aos Espíritos? Será que estes não podem abordá-los em reuniões mediúnicas?
Dentro da lógica e do bom senso kardequiano, tudo leva a crer que sim. Porém, consolidou-se, no século XX, um movimento kardecista para o qual todo e qualquer assunto que não esteja contido nas chamadas “obras da codificação” não é “doutrinário”. Desse ponto de vista, os Espíritos que ousam abordá-los são rotulados como “mistificadores” e os médiuns que os escutam de “fascinados”.
Os seguidores de tal movimento insistem em escrever e propagar que a Umbanda não é Espiritismo, que uma série de terapias ensinadas por espíritos não é Espiritismo etc. Possivelmente tais escritores nunca leram o artigo “o espiritismo entre os druidas”, publicado em 1858, na revista Espírita, editada pelo próprio Kardec. Se para o codificador do Espiritismo até os druidas (que eram tidos como “supersticiosos” e “sanguinários” pelos cristãos) praticavam “espiritismo”, porque não os umbandistas e os nossos silvícolas? E se até Sócrates, que defendia o aborto para controlar o crescimento populacional, é considerado precursor do espiritismo, porque tanto pavor diante de uma entidade indígena ou de um peto-velho?
Tais contradições só poderão ser resolvidas quando reconduzirmos a questão espírita para o campo proposto por Kardec: o da Ciência. Compreendendo que o Espiritismo é um campo de pesquisa experimental onde todos os assuntos da humanidade são objectos de estudo, a “doutrinação” cai por terra, uma vez que, a ciência tem como meta compreender e explicar o mundo. A doutrinação pertence a outro departamento: o da religião. Logo, não deve ser pensado como um kardequiano ou um cientista espírita quem afirma que um determinado assunto, ainda mais envolvendo a espiritualidade, não seja “doutrinário”.
Kardec parece ter profetizado quando afirmou que ao lado da Doutrina Espírita poderão se formar seitas fundadas ou não sobre os princípios do Espiritismo (O.P., p. 336). E o kardecismo é, com certeza, a mais importante delas. Mas é importante salientar que não foi Kardec quem criou o kardecismo. Aliás, não custa realçar, sempre afirmou que o campo de pesquisa do Espiritismo é o científico e não o religioso. As forças no meio kardecista que não aceitam que novos temas sejam discutidos (com o argumento de salvaguardar a pureza doutrinária), demonstram apenas que se renderam ao dogmatismo e ao fanatismo. Pois é sempre mais fácil e cómodo, para se fazer prosélitos, manter-se preso às frases feitas, decoradas e proferidas exaustivamente do que raciocinar de forma independente e crítica, o objectivo maior de Kardec. O Espiritismo proposto por Kardec não está preocupado em fazer prosélitos e muito menos em “doutrinar”.
Em suma, o cientista espírita possui consciência histórica e sabe que a História e o mundo se transformam, assim como as imagens que as pessoas têm desse mesmo mundo. É por isso que há um fosso significativo e quase intransponível entre a ciência e a religião. A primeira é feita, sobretudo, com consciência. Ela é dinâmica, neg-entrópica, e seus métodos, suas heurísticas e seus objectos são sempre renovados, quando necessários. E assim é também com o Espiritismo, a ciência experimental criada por Kardec, mesmo que ele ainda não seja reconhecido pelos donos do saber académico e não obtenha recursos para pesquisas. Aliás, hoje em dia, é mais fácil obter recurso para congelar corpos em decomposição e esperar o dia em que a ciência poderá “ressuscitá-los”, do que para realizar pesquisas sérias sobre reencarnação e imortalidade da alma.
26
Dez07

Ectoplasma (parapsicologia)

Viktor

Ectoplasma (do Grego Ektós: por fora + plasma: molde ou substância), na acepção da parapsicologia, designa uma substância hipotética, que seria "semi-material" e sensível a determinados impulsos, se exteriorizaria do corpo de determinados indivíduos com características especiais, permitindo até mesmo a sua configuração em corpos distintos daquele onde saiu.


Acepções actuais

O termo ectoplasma, largamente utilizado no cinema em filmes e desenhos animados onde aparecem fantasmas, ganhou certa popularidade, e teria tido acepções não necessariamente condizentes com os conceitos defendidos pelo espiritismo ou pela parapsicologia.

É no Espiritismo, consoante seu desenvolvimento ocorrido no Brasil, entretanto, que o vocábulo ganhou maiores definições e, efectivamente, seria a base material para todos os fenómenos ditos mediúnicos.

Acepção espírita

O Ectoplasma seria o plasma usado por entidades espirituais, para materializar um corpo etéreo, e que por sua vez não poderia ser visualizado de maneira convencional.

Nos fenómenos mediúnicos o ectoplasma seria moldado pelo Espírito, a partir do plasma existente no corpo do médium em transe.

É defendido que o ectoplasma não poderia ser observado como um fenómeno natural de forma corriqueira, já tendo, no entanto, sido alegadamente fotografado várias vezes saindo da boca e de outros orifícios do corpo de médiuns em transe. Apesar de algumas dessas fotos terem sido provadas fraudulentas, nem todas o foram.

wikipédia
21
Ago07

O PAPEL DOS PROFETAS NA BÍBLIA E NO CULTO DA IGREJA PRIMITIVA

Viktor
Esclarecimentos dados pelas epístolas de Paulo - Profetas em Israel e na Igreja Cristã, e sibilas, oráculos e pitonisas, nos meios pagãos - João, o evangelista, e os Espíritos. Um dos problemas mais discutidos no mundo cristão, desde o aparecimento do Espiritismo, é o profetismo. O que era o profetismo bíblico, e o que era por sua vez, o profetismo apostólico? Por que, na Igreja Primitiva, ao lado dos vários responsáveis pelo movimento cristão, havia os profetas? E o que faziam esses profetas, do que estavam eles incumbidos? O rev. Robert Hastings Nichols, em suas História da Igreja Cristã, publicada em versão portuguesa pela Casa Editora Presbiteriana, lembra que podemos ter uma ideia das práticas da Igreja Primitiva pelas epístolas de Paulo, "especialmente as enviadas aos Coríntios". É precisamente o que dizem os estudiosos espíritas do assunto. No seu livro De cá e de Lá, publicado nesta capital há cerca de quinze anos, pela livraria da União Federativa Espírita Paulista, o prof. Romeu do Amaral Camargo, ex-diácono da l Igreja Presbiteriana da Capital, estuda o problema com base nas epístolas de Paulo, especialmente na l Coríntios. Para o rev. Nichols, havia na Igreja Primitiva, dois tipos de culto, sendo um "o da oração" e outro o da refeição em comum, a chamada "Festa do Amor". Quanto ao primeiro, diz o rev. Nichols: "O culto era dirigido conforme o espírito os movia no momento. Faziam orações, davam testemunho, ministravam certos ensinos, cantavam e saímos". O que seriam esses "certos ensinos", e como seriam ministrados? Noutro trecho, o rev. Nichols levanta uma pontinha do véu: "O Novo Testamento fala de oficiais que se ocupavam do ministério da pregação e do ensino. São conhecidos como apóstolos, profetas e mestres. O nome de apóstolo não era restrito aos companheiros de Jesus, mas pertencia também a outros pioneiros do Evangelho, que levavam as boas novas aos novos campos. Os profetas, mestres e doutores, esclareciam o significado dos Evangelhos às igrejas. Todos esses exerciam seus ofícios, não pela indicação de qualquer autoridade, mas porque revelavam estar habilitados para tais ofícios, pelos dons do Espírito Santo".
Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, estudando a passagem referente à entrevista de Nicodemos com Jesus acentua: "O texto primitivo diz apenas “da água e do espírito”, enquanto certas traduções substituíram Espírito por Espírito Santo, o que não é a mesma coisa. Este ponto capital sobressai dos primeiros comentários feitos sobre o Evangelho, o que um dia será analisado sem equívoco possível". Kardec cita ainda a tradução clássica de Osterwald, conforme o texto primitivo que diz: "Quem não renascer da água e do espírito".
A expressão Espírito Santo, que poderia, pois, levar confusões à compreensão do texto, deve ser substituída por Espírito, conforme o original do texto grego primitivo, e tudo se esclarecerá. Os dons do Espírito, dons que podem ser movidos no profeta por um espírito que seja santo ou não, eram os elementos dominantes da Igreja Primitiva. E tanto assim, que o apóstolo João, também evangelista, advertiu os crentes, na sua primeira epístola: "Caríssimos, não acrediteis em todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus". (Cap. 4, vers. l -3). Estudando os caps. 12 e 14 da l Epístola aos Coríntios, de Paulo, o prof. Romeu do Amaral Camargo declara: "Esses dois capítulos encerram matéria de grande importância e real utilidade para os assistentes de uma sessão espírita, e também indicam claramente o procedimento a ser observado pêlos que participam de uma sessão". E assim é, realmente. De tal maneira o apóstolo Paulo se refere aos dons mediúnicos dos profetas, que essa epístola se torna uma espécie de orientação para os trabalhos práticos de Espiritismo. Por ela se vê, com absoluta clareza, que o culto da oração incluía os ensinos proféticos, e que estes nada mais eram do que as manifestações mediúnicas. O Espiritismo veio esclarecer o papel dos profetas na antiguidade, que era semelhante ao das sibilas e pitonisas. Espinosa já havia chegado à conclusão, nos seus famosos estudos sobre as Escrituras, que o profetismo não era um privilégio dos judeus, mas uma qualidade do homem, existente em todo o mundo antigo, como em todo o mundo moderno. Mas aquilo que Espinosa não podia explicar senão como efeito da imaginação, comparando a inspiração dos profetas à dos poetas, o Espiritismo veio explicar mais tarde, no cumprimento das promessas do Consolador, restabelecendo as coisas em seu verdadeiro sentido. O profetismo bíblico e o apostólico eram simplesmente o uso da mediunidade, como hoje se faz nas sessões espíritas. E assim como, na antiguidade, havia profetas em Israel e na Igreja Primitiva, enquanto no mundo pagão existiam sibilas, pitonisas e oráculos, assim, no mundo moderno, há médiuns no Espiritismo, e há "cavalos", "tremedores", "possessos" e "convulsionários", em organizações religiosas que não seguem os princípios do Consolador ou Espírito da Verdade. O velho problema do profetismo está perfeitamente esclarecido, graças aos estudos espíritas.
J. Herculano Pires

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