Consoante a perspectiva do terapeuta, a doença resulta do desequilíbrio. O desequilíbrio resulta de se ter esquecido de quem é. O esquecimento da própria identidade cria pensamentos e acções que conduzem a um estilo de vida insalubre e, finalmente, à doença. Mensagem directa dirigida a você, diz-lhe não só que está desequilibrado, mas também lhe mostra os passos que o levarão de volta ao verdadeiro eu e à saúde. Essa informação é muito específica; basta-lhe saber chegar a ela.
Nessas condições, a doença pode ser compreendida como uma lição que você dá a si mesmo para ajudá-lo a lembrar-se de quem é. Você pensará imediatamente em todos os tipos de excepções a essa afirmativa. A maioria, porém, o restringirá a uma percepção da realidade que apenas incluí esse determinado período de vida e apenas a vida no corpo físico. O meu propósito, contudo, é mais transcendental. As afirmações supra citadas só serão compreendidas de modo total e saudável se você já admitiu a sua existência além das dimensões físicas do tempo e do espaço. Elas só podem ser consideradas afectuosas se também o incluírem como parte do todo e, por conseguinte, o todo. Isto é, a priori, o todo é constituído das partes individuais, e as partes individuais, portanto, não só são parte do todo, mas também, como um holograma, são o próprio todo.
Durante meu processo de crescimento pessoal, verifiquei quando comecei a fazer observações sobre o campo de energia como conselheira, ocorreram duas mudanças importantes que modificaram drasticamente a minha maneira de trabalhar com as pessoas. Na primeira, comecei a receber orientação, durante as sessões, de mestres espirituais sobre o que fazer então, e solicitei tipos específicos de informações relativas a diferentes níveis da aura. Na segunda, comecei a desenvolver o que denomino “visão interior”; vale dizer, eu via o interior do corpo mais ou menos à maneira de um aparelho de raios X. Aos poucos, minha prática passou da de um conselheiro para a de uma curadora espiritual.
A cura, tornou-se uma extensão da terapêutica e, logo, o núcleo central de toda a terapêutica, porque alcança todas as dimensões da alma e do corpo muito além das que a terapêutica é capaz de alcançar. O meu trabalho tornou-se claro. Eu estava a curar a alma ou a transformar-me num canal para ajudar a alma a lembrar-se de quem é e para onde está sendo dirigida nos momentos em que se esquece de si e sai do caminho por culpa da doença. Esse trabalho é muito satisfatório, cheio de êxtase na experiência de energias superiores e seres angélicos que vêm curar. Ao mesmo tempo, é estimulante enfrentar a dor de uma doença física terrível, que o terapeuta tem de experimentar, até certo ponto, se quiser curar. Eu necessitava de me sujeitar a observar a tremenda energia e os desequilíbrios da alma com que vive um sem-número de pessoas. A humanidade carrega consigo uma dor horrível, uma horrível solidão e um anseio profundo de liberdade. O trabalho do terapeuta é um trabalho de amor. O terapeuta chega a essas áreas dolorosas da alma e, delicadamente, dá-lhe uma esperança. Desperta suavemente a antiga lembrança da identidade da alma. Toca a centelha de Deus em cada célula do corpo e recorda-lhe mansamente que ela já é Deus e que, já sendo Deus, flúi, inexorável, com a Vontade Universal, para a saúde e para a totalidade.
Saudações Reikianas
NAMASTÉ