Conversas com Deus…
O Senhor está dizendo que todos os eventos ruins que nos acontecem foram escolhidos por nós? Quer dizer que até mesmo as calamidades e os desastres mundiais são, em algum nível, criados por nós para que possamos "experimentar o oposto de Quem Somos"? E se for assim, não há um modo menos doloroso, para nós mesmos e para os outros, de criar oportunidades de nos experimentarmos?
Você fez várias perguntas, e todas são boas. Vamos responder uma de cada vez.
Não, nem todas as coisas que lhes acontecem e que chamam de ruins são escolha de vocês. Não no sentido consciente - que é aquele ao qual você se refere. Todas elas são criações suas. Vocês estão sempre envolvidos no processo de criar. Em todos os momentos. Todos os minutos. Todos os dias. Como podem criar, veremos mais tarde. Por enquanto, aceite apenas a Minha palavra: vocês são uma grande máquina criadora e produzem uma nova manifestação tão veloz quanto o pensamento.
Ocorrências, condições, situações - tudo isso é criado pela consciência. A consciência individual é muito poderosa. Podem imaginar o tipo de energia criativa que é liberada quando duas ou mais pessoas se reúnem em Meu nome. E a consciência das massas? É tão poderosa que pode criar ocorrências e situações de importância e consequências mundiais.
Não seria certo dizer - não no modo a que você se refere que vocês escolhem essas consequências. Não as escolhem mais do que Eu as escolho. Como Eu, vocês as observam. E decidem Quem São com referência a elas. Contudo, não há vítimas e nem algozes no mundo. E você tampouco é uma vítima das escolhas dos outros.
Em algum nível todos vocês criaram o que dizem que detestam - e portanto, o escolheram. Esse é um nível avançado de pensamento que todos os Mestres atingem mais cedo ou mais tarde. Porque é apenas quando eles aceitam a responsabilidade por tudo é que podem ter o poder de mudar parte disso.
Enquanto você nutrir a ideia de que há algo ou alguém "fazendo isso" com você, não terá o poder de fazer nada a respeito. Somente quando disser "eu fiz isso" poderá ter o poder de mudá-lo. É muito mais fácil você mudar o que está fazendo do que mudar o que os outros estão fazendo.
O primeiro passo para mudar qualquer coisa é saber e aceitar que você escolheu que ela fosse o que é. Se não puder aceitar isso em um nível pessoal, admita-o através de sua compreensão de que Nós somos todos Um. Tente então criar mudança não porque algo está errado, mas porque não é mais uma afirmação exata de Quem Você É.
Há apenas um motivo para fazer alguma coisa: uma afirmação para o universo de Quem Você É.
Usada desse modo, a vida passa a criar o Eu. Você a usa para criar o seu Eu como Quem Você É, e Quem Sempre Desejou Ser. Também há apenas um motivo para desfazer alguma coisa: ela não ser mais uma afirmação de Quem Você Deseja Ser, não o reflectir, não o representar.
Se você quiser ser correctamente representado, deve tentar mudar tudo em sua vida que não se encaixa na imagem que deseja projectar na eternidade.
No sentido mais amplo, todos os eventos "ruins" que acontecem são da sua escolha. O erro não é escolhê-los, mas chamá-los de ruins. Porque ao fazer isso, você chama o seu Eu de ruim, já que os criou. Esse rótulo você não pode aceitar; portanto, em vez de rotular o seu Eu como ruim, nega as suas próprias criações. É essa desonestidade intelectual e espiritual que o deixa aceitar um mundo em tais condições. Se você tivesse de aceitar - ou pelo menos tivesse uma forte sensação interior de responsabilidade pessoal pelo mundo este seria um lugar muito diferente. Sem dúvida seria, se todos se sentissem responsáveis. Por ser tão óbvio é que esse fato se torna tão doloroso e irónico.
As calamidades e os desastres naturais do mundo - seus tornados e furacões, vulcões e enchentes - desordens físicas - não são especificamente criações suas. O que você cria é o grau em que esses eventos afectam a sua vida.
Há eventos no universo que nenhum vôo da imaginação poderia afirmar que você provocou ou criou. Esses eventos foram criados pela consciência combinada do homem. Todo o mundo, criando junto, produz essas experiências. O que cada um de vocês faz individualmente é passar por elas, decidindo o que significam para vocês - se é que têm algum significado – e Quem e O Que Vocês São em relação a elas. Portanto, vocês criam colectiva e individualmente a vida e os tempos que estão experimentando, e o objectivo é a evolução da alma.
Você perguntou se há um modo menos doloroso de passar por esse processo - e a resposta é sim. Contudo, nada em sua experiência exterior terá mudado. O modo de diminuir o sofrimento que você associa às experiências e ocorrências terrenas - tanto as suas como as das outras pessoas - é mudar o modo de vê-Ias.
Você não pode mudar o evento exterior (porque foi criado por todos vocês, e não é suficientemente maduro em sua consciência para alterar individualmente o que foi criado colectivamente), por isso deve mudar a experiência interior. Esse é o caminho para o completo controle na vida. Nada é em si doloroso. O sofrimento resulta do pensamento erróneo. É um erro no modo de pensar.
Um mestre pode acabar com a dor mais intensa. Desse modo, o Mestre cura.
O sofrimento resulta de um julgamento que você fez sobre uma coisa. Elimine o julgamento e o sofrimento desaparecerá. O julgamento frequentemente se baseia na experiência anterior. Sua ideia sobre uma situação se origina de uma ideia anterior sobre ela. Sua ideia anterior resulta de uma ideia ainda mais anterior - e essa ideia de outra, e assim por diante, como um bloco de edifícios, até você voltar por todo o caminho até a sala de espelhos, ao que Eu chamo de primeiro pensamento.
Todo pensamento é criativo, e nenhum pensamento é mais poderoso do que o original. É por essa razão que às vezes ele também é chamado de pecado original. O pecado original ocorre quando o seu primeiro pensamento sobre alguma situação é erróneo. O erro é então cometido muitas vezes, sempre que você tem um segundo ou terceiro pensamento em relação a ela. É trabalho do Espírito Santo inspirá-lo a ter novas compreensões que podem livrá-lo de seus erros.
Fonte: Neale Donald Walsch
Saudações Holísticas
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