Karuna é Compaixão
Praticar Karuna é aproximarmo-nos do sofrimento dos outros transformando-o em paz e no Bem que necessitam. A ação compassiva é direta, ativa. Para uns, a maior compaixão de todas é aproximar-se de si mesmo, descobrindo a profundidade da sua dor oculta e assim tratá-la. Para outros, é conseguir chegar aos outros, perdoar, distanciar, não apegar e praticar Karuna – recebendo, dando.
“A compaixão é o que faz o coração dos bondosos se aproximar da dor dos outros. Esmaga e destrói a dor dos outros; assim é a compaixão. É chamada compaixão porque abriga e abraça os necessitados” ~ Buda
Karuna, enquanto sistema, é uma continuação da prática de Reiki. Para mim, não é mais “poderoso”, mais “elevado” ou “superior”. Isso são apenas termos que gostamos de aplicar quando procuramos dignificar o ego ou encontrar a pílula mágica que tudo cura. Karuna é apenas mais um caminho para o nosso desenvolvimento e, se realmente praticamos o amor incondicional do Reiki e a compaixão do Karuna, não encontramos necessidades para sentir que algo é superior ou melhor que – tudo é, tudo faz parte. A diferença que podemos encontrar é que a energia Karuna é mais ativa e no Reiki mais passiva – os mesmos resultados são obtidos por qualquer uma das duas.
Entramos no caminho de Karuna pela descoberta da compaixão, pela autocura das nossas limitações que nos impedem de viver plenamente a vida e a nossa ligação com o universo.
“Buda definiu a Compaixão como “Amor mais Meditação”. Quando o teu amor não se limita a ser um desejo pelo outro, quando o teu amor não é apenas uma necessidade, quando o teu amor é uma partilha, quando o teu amor é não o de um pedinte mas o de um imperador, quando o teu amor não pede nada como recompensa mas está apenas pronto para dar – para dar pela pura alegria de dar – acrescenta-lhe então a meditação e a pura fragrância liberta-se, o esplendor cativo liberta-se. Isso é compaixão. A Compaixão é o mais elevado fenómeno. O sexo é animal, o amor é humano, a compaixão é divina. O sexo é físico, o amor é psicológico, a compaixão é espiritual.” ~ Osho
«Texto de João Magalhães»
NAMASTÊ