A importância do pensamento
O veículo necessário para a manipulação energética é o pensamento. Para falar sobre este assunto necessitamos, mesmo que rudimentarmente, de falar um pouco sobre o Perispírito, também conhecido como Corpo Astral pelos teosofistas. Este corpo energético é o responsável pela expressão dos seus desejos e consciência.
O seu campo de energia não é, necessariamente, de natureza electromagnética. Mas costuma-se definir assim devido aos nossos ainda limitados conhecimentos físicos dessa realidade subtil e astral. O importante, porém, é sabermos que o nosso Corpo Astral é o veículo para que possamos expressar nossas paixões, sentimentos, desejos e emoções. Ele serve de intermediário entre o Corpo Mental (ou apenas mente) e o Corpo Físico. Em suma, trata-se de um veículo de consciência e de acção responsável pela transmissão de vibrações, tanto do plano físico para o mental ou vice-versa. Noutras palavras, como o Corpo Físico limita-se a colher no mundo exterior as vibrações daí provenientes, e estas ao chegar ao Corpo Astral, são transformadas em sentimentos como amor, ódio, prazer, dor, alegria, etc.
Porém, o que mais nos interessa no momento é que, a matéria astral, se é que assim nos podemos referir a esse tipo de energia, é plasmada pela emissão de pensamentos. Os nossos sentimentos imprimem nessa mesma matéria astral determinadas cores, variando conforme a intensidade dos mesmos. Daí o facto da Cromoterapia ser uma técnica importante e que deveria ser conhecida por todos os interessados em cura. E a cor, a forma, a nitidez e a duração da energia são determinadas pela qualidade do pensamento e da emoção, como também pela intenção e vontade do curador.
Assim, o que necessitamos para enviar bons fluidos é, em primeiro lugar, aprender a controlar os nossos pensamentos e emoções, além de ter vontade de servir ou de se doar. E onde entram os símbolos do Reiki? Estes representam ensinamentos morais que ajudam a pessoa a concentrar-se numa realidade superior. Em suma, ajuda a pessoa a despertar, lentamente, o kundalini adormecido. Cada símbolo está intimamente ligado a um chakra e à sua respectiva energia, pois, apesar do prana ser uno, manifesta-se em sete variedades principais e com funções psíquicas diferentes.
Assim temos sérias dificuldades para mentalizar o abstracto. Por isso, em quase todas as culturas, criam-se determinados objectos ou símbolos que são catalisadores para facilitar e orientar a emissão do pensamento e da energia. Com o REIKI acontece o mesmo.
Devemos sempre ressaltar que o pensamento dinâmico pode criar energia positiva ou negativa. Daí inúmeros “acidentes” podem acontecer quando o praticante traça correctamente o símbolo, mas fica durante toda a sessão a emitir pensamentos negativos ou se esta descontrolado emocionalmente. Além disso, pela “Lei do Karma”, toda e qualquer emissão de pensamento, quer positivo ou negativo, terá um efeito sobre aquele que o manifestou.
A energia emitida pelo REIKI é a mesma energia estudada e classificada como “força ódica”, por Reinchenbach, ou “energia bioplásmica” ou “psicotrónica”, segundo vários cientistas da antiga União Soviética e da Checoslováquia. Desde a Antiguidade, sabe-se que essa energia pode ser transferida de indivíduo para indivíduo, pela imposição das mãos ou a distância, através da vontade, da oração sincera e pura ou do pensamento elevado. Através da vontade sincera é possível emitir uma ou outra qualidade de prâna, de acordo com a finalidade a que nos propomos.
Como é a vontade e o pensamento que produzem a emissão de fluidos e não os símbolos, ser um reikiano não garante a qualidade das vibrações emitidas, de aí a importância da empatia energética com o terapeuta ou mestre.
Os símbolos favorecem a imaginação e a concentração numa realidade superior. Está a aumentar a quantidade de reikianos que percebem, na prática, que é necessário estar concentrado para enviar REIKI; que é necessário elevar o pensamento e/ou fazer uma prece; que após algumas sessões seguidas a pessoa sente algum cansaço etc. O simples acto mecânico de traçar um determinado símbolo não é suficiente se faltar a vontade e o desejo de enviar bons fluidos para o receptor. Por mais redundante que possa parecer, o papel do símbolo está na sua dimensão simbólica, ou seja, em representar um ensinamento de cunho moral capaz de elevar o padrão vibratório de cada praticante, precisamente o que a maioria dos cursos de REIKI acaba por deixar de lado. Os símbolos servem, em suma, para disciplinar o pensamento e a vontade.
ADILSON MARQUES
Saudações Holísticas
NAMASTÊ